O Facebook reformulou o modelo da página que empresas podem criar no site, o que dá às companhias uma nova opção para divulgar seus produtos entre os 845 milhões de usuários da rede social.

O novo modelo permite às companhias, assim como a celebridades e bandas, criar pequenos sites dentro do Facebook, sob o formato da “Linha do Tempo”, que o site adotou no começo do ano para os perfis. Com o novo layout, vem também um novo jeito de administrar a página e a promessa de que a empresa poderá acompanhar melhor a repercussão de seus posts. As notificações parecem estar mais organizadas e há gráfico que mostra o quanto os usuários estão interagindo com a marca.

Embora haja vantagens, o Facebook já pode contar com nível considerável de rejeição, a exemplo do que ocorreu com os perfis comuns. Numa enquete feita pelo caderno Link (O Estado de S. Paulo), apenas 32% disseram ter gostado da mudança, enquanto os outros 68% rejeitavam a novidade – que obrigatória tanto para perfis pessoais quanto para páginas empresariais – e alguns inclusive assumiam estar cogitando deixar a rede social em função disso.

Entre as principais críticas dos usuários, em geral, está a divisão da página em duas colunas, que embaralha um pouco a ordem dos posts.

As empresas que estão no Facebook têm até 30 de março para organizar suas páginas. Além das características básicas da Timeline, também presente nos perfis pessoais, os administradores de páginas poderão programar posts especiais para permanecer no topo da página por até 7 dias e responder mensagens privadas.

Já o usuário, ao visitar uma página, verá quais amigos que curtem a marca e os comentários que eles eventualmente tenham feito naquela página.

Publicidade – Em fevereiro, o Facebook anunciou o plano de levantar US$ 5 bilhões em uma oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) que deve avaliar a companhia entre US$ 75 bilhões e US$ 100 bilhões.

O site teve receita de US$ 3,7 bilhões no ano passado e a publicidade respondeu por 85% deste montante. As companhias fazem as páginas no Facebook sem pagar nada, mas a ideia é que as que atraírem maior interesse do público se interessem no serviço de publicidade. “A companhia faz dinheiro de acordo com o número de vezes que um usuário vê um anúncio ou clica em um anúncio”, explica o Wall Street Journal.

Macy’s, Coca-Cola e Walmart foram as primeiras companhias a adotar a nova versão, que dá maiores possibilidades em design e mídias.

A partir de abril, o usuário poderá encontrar, ao sair da rede social, o anúncio de algum produto. Chamado de “anúncio premium”, o recurso é tido como eficiente no mercado. Não há, em geral, nada que gere distração na página. Assim funciona no Gmail — ao sair do e-mail, a página seguinte exibe um anúncio grande na parte de baixo do site.

No caso do Facebook, os anúncios deverão ocupar praticamente a página inteira. A empresa contou que 37 milhões de pessoas fazem o “log out” (saem de suas contas no site) a cada dia, segundo o blog de tecnologia.

Outra ferramenta anunciada pela rede social são as “histórias patrocinadas” no feed de notícias do Facebook móvel. Trata-se de posts pagos por empresas ou indivíduos que querem destacar determinado conteúdo na rede social. O sistema assemelha-se ao do Twitter, que também anunciou nesta semana a expansão de seu programa de publicidade para iPhone e aparelhos com Android.

O Facebook ainda apresentou formalmente a ferramenta “ofertas”, disponível na rede desde dezembro de 2011, segundo o TechCrunch. O recurso dá a empresas a possibilidade de compartilhar e vender cupons de descontos aos usuários.

Os anúncios na barra lateral, também disponíveis há poucos meses, foram apresentados como parte do pacote de opções de publicidade online na rede.

*Com informações do site Convergência Digital e do caderno Link, do jornal O Estado de S. Paulo


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