Após uma estreia bem-sucedida em 2011, com 6,5 mil visitantes e movimento estimado de R$ 1,5 milhão, a segunda edição da Parte – Feira de Arte Contemporânea, começa nesta quarta-feira (17/10) no Paço das Artes, em São Paulo. Lá, tudo que está à venda não ultrapassa a marca dos R$ 18 mil.

“Não é todo brasileiro que tem R$ 3 mil, R$ 4 mil para gastar na compra de uma obra. Mas essa parcela da população existe, cresceu nos últimos tempos, está interessada em arte contemporânea e não necessariamente é formada só pela elite, por donos de bancos”, afirma ao jornal Valor Econômico Tamara Perlman, organizadora da Parte com Lina Wurzmann.

Neste ano, são 42 galerias que integram a Parte apresentam obras de mais de 250 artistas distribuídos por 3,5 mil m2.

Seguindo a mesma linha de raciocínio a respeito do novo tipo de consumidor de arte, a feira Artigo – que deve acontecer pela primeira vez no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, entre 8 e 11 de novembro – tem preço limite de R$ 17 mil.

Já a SP-Arte/Foto, especializada em fotografias, e a SP Estampa, de arte gráfica, contemplam uma produção que em geral não é a primeira opção para o acervo de museus e de colecionadores tradicionais.

“É como na moda. As marcas preferem vender um vestido de luxo do que uma camiseta, mas o mercado é muito mais amplo do que o do alto consumo”, diz Alexandre Murucci, idealizador da Artigo.

Para ele, o sucesso de público de exposições de artistas históricos como M.C. Escher, Caravaggio e impressionistas demonstram a existência de uma parcela grande da população ávida por consumir cultura. “Se eles gostam de ver, gostariam de ter. Só é preciso aprender que não é sempre necessário entender uma obra, mas sim gostar ou não dela.”

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*Com informações do Valor Online


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