Foto: Xavo Rob
Ministério da Cultura amplia em R$ 18,4 milhões orçamento da Funarte. Com este importante avanço, a principal organização gestora e propositora de política das artes no Brasil se equiparará orçamentariamente ao Itaú Cultural, organização criticada recentemente pelo presidente Lula. O marketing político do MinC denomina a ação de “novo momento da Funarte”. Acompanhe o release distribuído pelo MinC à imprensa:
 
Ministro Juca Ferreira anuncia em SP R$ 18,4 milhões da Cultura para a Funarte

Ministro Juca Ferreira anuncia em São Paulo novas dotações para editais da Funarte, duas ações de fomento às artes visuais e seleção de artistas para a Feira Música Brasil 2009
 
O ministro de Estado da Cultura, Juca Ferreira, anuncia nesta quarta-feira, 19 de agosto, no Complexo Cultural Funarte São Paulo, uma suplementação de R$ 18,4 milhões em recursos que irão dobrar ou, em alguns casos, triplicar o orçamento de ações da Funarte. Somados aos valores inicialmente previstos para cada ação, os investimentos totalizam R$ 35,1 milhões.

Para o presidente da Funarte, Sérgio Mamberti, os investimentos demonstram um “novo momento da Funarte”, anunciado por ele e pelo ministro Juca Ferreira na cerimônia de sua posse. “Estamos concretizando o compromisso de construção de uma Funarte à altura da sua tradição e do seu papel estratégico no fomento às artes. O ministro Juca Ferreira tem sido um parceiro fundamental na nossa luta para tornar esse sonho possível”, afirmou Mamberti.
Na ocasião, será lançado também o edital que seleciona artistas para se apresentar durante a Feira Música Brasil 2009, uma ação do Ministério da Cultura e da Funarte em parceira com Fundarpe, Petrobras e Prefeitura do Recife, que será realizada em dezembro, no Recife.

Também será anunciado o lançamento das edições 2009 da Rede Nacional Artes Visuais, um programa de circulação de exposições, oficinas, seminários e outros eventos; e do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, que irá fomentar a produção de obras de arte para complementar acervos museológicos em todo o país. Essas duas ações voltadas para as artes visuais têm R$ 2,2 milhões de recursos orçamentários da Funarte.

NOVOS RECURSOS

Com a suplementação, a Funarte terá R$ 1,5 milhão para retomar seu programa de distribuição de equipamentos de iluminação para teatros brasileiros. A edição 2009 do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo, com inscrições já encerradas, terá novo aporte de R$ 3 milhões que, adicionados aos R$ 2,9 milhões já previstos, totalizarão R$ 5,9 milhões.

Sete bolsas e prêmios da Funarte abertos para inscrições em todo o país ganharão reforço substancial em seu orçamento. As bolsas e prêmios, com valores de até R$ 150 mil, trazem oportunidades para artistas, produtores, estudantes e pesquisadores de arte de todo o Brasil. Os editais que receberão suplementação orçamentária são:

– Prêmio Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura: inscrições prorrogadas até 24 de agosto
– Bolsa Funarte de Produção Crítica sobre Conteúdos Artísticos em Mídias Digitais/Internet: inscrições prorrogadas até 24 de agosto
– Bolsa Funarte de Criação Literária: inscrições prorrogadas até 24 de agosto
– Bolsa de Produção Crítica sobre as Interfaces dos Conteúdos Artísticos e Culturas Populares: inscrições até 14 de setembro
– Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua: inscrições prorrogadas até 17 de agosto
– Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz: inscrições até 3 de setembro
– Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna: inscrições até 3 de setembro
– Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo: inscrições encerradas
 
Os editais, prazo e fichas de inscrição estão disponíveis em www.funarte.gov.br.


Pesquisador cultural e empreendedor criativo. Criador do Cultura e Mercado e fundador do Cemec, é presidente do Instituto Pensarte. Autor dos livros O Poder da Cultura (Peirópolis, 2009) e Mercado Cultural (Escrituras, 2001), entre outros: www.brant.com.br

2Comentários

  • Alberto Benfica, 19 de agosto de 2009 @ 12:03 Reply

    É incrível. A organização nacional para cuidar de toda a política para as artes é menor do que o Itaú Cultural. Devemos comemorar o dinheiro, que é sempre bem-vindo, mas entendo melhor agora o que vc diz em seu artigo sobre os bancos. Sem dinheiro para fazer um presença mais ou menos significativa do Estado frente ao investimento privado, o MinC escolheu diminuir o investimento privado por meio deste engodo do Profic. Poderia, em vez disso, batalhar por aumento do dinheiro orçamentário. Medíocre e inoportuno!

  • Carlos Henrique Machado Freitas, 25 de agosto de 2009 @ 14:48 Reply

    Isso assusta!
    A Funarte que sempre foi referência de grandes políticas de fomento à identidade nacional, com esse investimento é quase um Itaú Cultural, vemos que temos muito ainda o que caminhar para devolver a Funarte a um patamar de liderança numa nova alvorada para a cultura brasileira.

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