A editora Cosac Naify está no mercado brasileiro há pouco mais de dez anos. Criada em 1997 por Charles Cosac e seu cunhado, Michael Naify, é considerada uma das mais sofisticadas editoras brasileiras. Já o primeiro lançamento, Barroco de Lírios, de Tunga, tinha mais de dez tipos de papéis e 200 ilustrações. Entre as centenas de títulos publicados pela marca, obras de autores vencedores de prêmios importantes como o Nobel, a exemplo de Samuel Beckett e Pablo Neruda.

Um dos fundadores que dá nome à marca, Cosac, formado em arte na Inglaterra e Rússia, começou a se interessar pela área muito cedo. Já aos 13 anos ingressara em um curso na Escola de Artes Visuais do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Mas, em entrevista à Rio Bravo, o empresário revelou que só passou a trabalhar mesmo com arte quando fundou a Cosac Naify, com seu colega de faculdade e melhor amigo, há 14 anos atrás, depois de estudar na Inglaterra e na Rússia.

“Eu estava em Saint Petersburgo e surgiu alguém querendo patrocinar o livro de Simon Franco, que eu conheci alguns anos antes. Foi a minha primeira experiência com livro, uma experiência muito remota, mas muito gratificante. Fiquei cinco meses no Brasil, na casa dos meus pais no Rio de Janeiro, viajei para a Europa algumas vezes, fiquei uma temporada em Goiânia, vim para São Paulo, foi a minha primeira estadia longa, foi quando me apaixonei por São Paulo e por fazer livros, dizem que é vicio e depois do primeiro você não consegue parar”, conta sobre seu início no mercado e sobre o motivo decisivo que o trouxe de volta ao País depois de longa estada no exterior.

Cosac revela ainda que foi Naify que o alertou sobre a importância do planejamento e que aprendeu a cuidar da editora na prática. “Talvez eu tivesse tido mais cautela a editora estaria em uma situação mais avançada do que ela ainda está. a minha ignorância custou muito caro. Mas eu aprendi mesmo fazendo”, completa.

Charles Cosac fala ainda sobre sua trajetória na Europa, os caminhos de sua editora, literatura e mercado. Ouça a entrevista na íntegra no site da Rio Bravo.

*Com informações do Estadão.com


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