O Google apresentou ontem a sua nova e mais ambiciosa tentativa de disputar com o Facebook a liderança entre as redes sociais. O Google+, como é chamado o novo site da empresa, por enquanto só está aberto por convite (lembrando o que ocorreu no início do Gmail e do Orkut).
O projeto se apresenta como uma rede social que compartilha a internet como na vida real. O Google+ inclui os serviços Circles, que permite criar círculos sociais e decidir que tipo de conteúdo será compartilhado com cada um deles (por exemplo, uma pessoa pode separar um grupo só dos amigos que se interessam por futebol, que, por sua vez, não teria acesso ao mesmo conteúdo dirigido apenas para familiares); o Hangouts, que simula “encontros não-planejados” como os que acontecem na vida real; e o Sparks, em que o usuário pode receber indicações de coisas que possam lhe interessar e encontrar pessoas sobre as quais falar.
Outra aposta é que os usuários vão poder conversar por vídeo, com uma novidade em relação a rivais: vários amigos poderão bater papo simultaneamente.
“A sutileza e o conteúdo das interações do mundo real estão perdidos na rigidez das nossas ferramentas on-line”, disse, no blog oficial da empresa, Vic Gundotra, vice-presidente de engenharia do Google, em uma clara espetada contra o Facebook. “O compartilhamento on-line é inadequado. Até mesmo débil. E nos pretendemos consertá-lo.”
A criação de uma rede social capaz de rivalizar com o Facebook é um dos principais investimentos desde que Larry Page, fundador do Google, assumiu a presidência-executiva da empresa, em abril. Ele até mesmo associou 25% do bônus que os funcionários vão ganhar neste ano ao sucesso -ou fracasso- dos empreendimentos da empresa em redes sociais. A medida inclui mesmo empregados que não estão ligados diretamente aos projetos.
As duas tentativas mais recentes do Google nessa área, com o Buzz e com o Wave, foram grandes fracassos, apesar do barulho inicial. O Orkut, lançado em 2004 (antes mesmo do Facebook), permanece como o projeto mais bem-sucedido, apesar de não ter se tornado verdadeiramente global, ficando restrito principalmente a Brasil e Índia -e está perdendo espaço nesses dois mercados para o Facebook.
*Com informações da Folha Online e do Jornal do Brasil