Servidores do Ministério da Cultura iniciaram nesta segunda-feira (12/5) uma greve por tempo indeterminado. Segundo a organização do movimento, praticamente todos os 30 museus do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) estão fechados, como o Museu Imperial de Petrópolis, Museu Nacional de Belas Artes, Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Biblioteca Nacional e o Museu da República. Em Brasília, a greve deve começar na quinta-feira (15).
A paralisação coincide com a Semana Nacional dos Museus, período em que essas instituições fazem programações especiais. De acordo com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), também devem fechar as portas o Museu de Arte Sacra de Paraty (RJ), Museu da Inconfidência em Ouro Preto (MG) e Museu da Abolição em Recife (PE).
A principal reivindicação é a equiparação salarial com servidores da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e da Fundação Casa Ruy Barbosa. Os servidores pedem também maior participação na formulação das políticas públicas na área de cultura, unificação da categoria, garantia de discussões futuras e o fim da contratação de terceirizados.
De acordo com o grupo, não há avanços de acordos desde 2004 e nenhuma reunião desde 2010. Em assembleia nesta segunda-feira foi decidido que cada órgão agirá da forma que julgar mais adequada, mas que haverá atos e caravanas em Brasília. Nacionalmente, cada estado está discutindo os termos da greve, mas é certo que a decisão de Brasília tem um grande peso.
Segundo a Agência Brasil, o Ministério do Planejamento já declarou que não vai autorizar aumentos salariais neste ano, para evitar impacto fiscal, e porque ainda está em vigor um acordo assinado pela Condsef que garantiu reajuste de 15,4% em três anos – 2013, 2014 e 2015. A Condsef afirma que um acordo assinado especificamente com os servidores da cultura, no ano anterior, previa negociação das pautas reivindicadas em até 180 dias, o que não aconteceu.
*Com informações da Agência Brasil, Estadão.com, Folha Online e O Globo Online