Reportagem do jornal O Globo desta terça-feira (26/6) revela os planos do instituto de arte contemporânea Inhotim para atrair público além da elite. O parque criado por Bernardo Paz em 2002 – no início, restrito a convidados – está mirando a tão falada nova classe C. “No Brasil, esse é um caminho quase obrigatório, porque 80%, 90% da população são classe C”, calcula Paz. “Você tem que partir para esse lado”.
O Inhotim foi aberto ao público em outubro de 2006. No ano passado recebeu 247 mil visitantes (mais do que o dobro de 2007). Desses, cerca de 70% já são da classe C, segundo o empresário. A estimativa é que, neste ano, o parque receba 400 mil pessoas.
As ações para levar a classe C ao crescente percurso de obras de arte foram ampliadas neste ano. No início do mês, por exemplo, o instituto criou o programa Inhotim para Todos, que disponibiliza ingressos gratuitos, transporte e até almoço para visitantes. Proliferam também convênios com escolas públicas de Brumadinho e de Belo Horizonte, que permitem o acesso gratuito de mais de 500 crianças por dia.
Inhotim tem ainda programas sociais em comunidades quilombolas de sua vizinhança. Lá, assistentes sociais e educadores criam projetos de geração de renda e organização comunitária. Boa parte da mão de obra do parque – que tem, entre outros funcionários, 90 jardineiros – vem dessas comunidades.
Os planos do dono do empreendimento incluem construir um loteamento em terras vizinhas a Inhotim. Ele diz que tenta vender outro negócio (de cerca de US$ 200 milhões) para comprar os 300 hectares de terra onde pretende construir 3 mil casas populares.
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*Com informações do site do jornal O Globo