Reportagem do jornal Correio Braziliense da última sexta-feira (11/5) mostra como jovens atores têm feito para sobreviver no mercado cultural, em tempos de dinheiro curto e difícil acesso aos editais. Segundo a matéria, muitos deles têm recorrido a profissões alternativas para conseguir fechar a conta no fim do mês.

Os atores da companhia teatral Setor de Áreas Isoladas (SAI) são um bom exemplo. Para pagar as contas, Camila é animadora de festas e Ada, confeiteira. Rodrigo é professor universitário e Bresani, fotógrafo. Luiza é formada em psicologia, quer mais do que tudo ser atriz, mas trabalha como produtora de vídeo.

O ofício de ator, de sonho integral, virou missão das horas vagas para eles. A pindaíba virou inclusive tema da peça da companhia “Qualquer coisa compro um ovo”, que saiu de cartaz recentemente. Montada em um mês, a peça contava com R$ 1.257 em caixa. Valor disponível para pagar cenário, figurino, iluminação, sonoplastia e, se possível, os atores.

A falta de recursos financeiros (eles perderam o edital do Fundo de Apoio à Cultura) fechou a sede do grupo, suspendeu os ensaios e deixou a peça em banho-maria.

Para driblar a burocracia dos editais, o ator Mateus Ciucci aplicou a ferramenta do crowdfunding em seu blog (www.medeixaserartista.blogspot.com), estratégia muito utilizada no cenário da música. “Abrimos o projeto para arrecadar doações em troca de privilégios. O público financia a iniciativa e ganha encontros com o artista, informações especiais e outros benefícios”, explica.

*Com informações do jornal Correio Brasiliense


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