O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o Secretário de Estado de Cultura, Andrea Matarazzo, lançaram nesta terça-feira (22/2) a programação da Virada Cultural Paulista 2011. O evento acontece em 22 cidades, nos dias 14 e 15 de maio.

Agnès Jaoui, Pink Martini, Superchunk, Maria Gadú, Charlie Brown Jr., Renato Teixeira, Angra, Fafá de Belém, Tulipa Ruiz, Thiago Pethit e Marcelo Jeneci são alguns dos artistas confirmados. DJs, espetáculos de circo, dança, teatro e pocket ópera também fazem parte da programação.

“A Virada Cultural Paulista é uma grande conquista para São Paulo, um programa que leva de forma descentralizada inúmeras atividades culturais para 22 cidades do Estado, promove o intercâmbio entre os artistas e é uma oportunidade para a população do interior e do litoral ver apresentações de bons artistas”, declarou o governador Geraldo Alckmin.

O Secretário Andrea Matarazzo destacou que a política da Secretaria segue em duas vertentes: a interiorização da cultura e levar cultura de qualidade para pessoas que não tem acesso a ela. “A Virada leva espetáculos para todo o Estado, permite o intercâmbio entre artistas locais e com nomes consagrados, além estimular a circulação de pessoas entre as cidades.”

A Virada Cultural Paulista 2011 será realizada nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Assis, Botucatu, Caraguatatuba, Franca, Indaiatuba, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Mogi-Guaçu, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santa Bárbara D’oeste, Santos,Santo André, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba.

Inspirada na Virada Cultural da capital, a Virada Cultural Paulista foi lançada em 2007 em 10 cidades, que receberam 381 atrações. Em 2008, mais de 740 mil pessoas compareceram em 19 municípios e puderam conferir 476 espetáculos. Na edição de 2009, o público presente nas 20 cidades ultrapassou a marca de um milhão de pessoas, que conferiram mais de 560 atrações. Em 2010, a Virada atingiu a marca de 1,6 milhão de pessoas. Para 2011, a expectativa é atingir o mesmo número de público.

Confira a programação prévia no site  www.viradaculturalpaulista.sp.gov.br.

*Com informações da Secretaria de Estado da Cultura


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2Comentários

  • Chico Ferreira, 23 de fevereiro de 2011 @ 21:46 Reply

    Quem trabalha com música e cultura em São Paulo esta com a corda no pescoço faz tempo.

    Se existisse algum trabalho na área da cultura em São Paulo, nada teríamos contra a virada cultural, porém não é o que acontece. E com a virada cultural para os olhos do público parece que esta tudo lindo, mas na realidade a maioria de músicos, produtores vivem com a corda no pescoço e parece que estão pedindo favores.

    Quem vê de fora acha tudo lindo e maravilhoso, porém não é a realidade e sim puro marketing as Secretarias de Cultura Estadual e Municipal gastam por volta de 5 milhoes cada para fazer um único dia de evento e no resto do ano não fazem praticamente nenhuma ação alegando que não tem verbas.

    Não é o primeiro ano que isto acontece, realizam a virada cultural um evento com um grande marketing, chamada na globo e tudo e no resto do ano as ações são mínimas e quem vive de música em São Paulo esta quebrando cada vez mais, tendo como única alternativa tentar alguma data em Sescs (o qual desempenha um papel muito superior as secretarias de cultura).

    Centenas de artistas e produtores que são atuantes da cena cultural em São Paulo não trabalham neste único dia de trabalho do ano, e também não trabalham no resto do ano, pois as secretarias alegam que as verbas se esgotam, além do que não existe nenhum critério claro da seleção dos artistas, não se dá nome dos responsáveis pelas escolhas,as associações, produtores, artistas, ninguém é consultado para fazer algum tipo de seleção, ficando na mão de funcionários da secretaria de cultura.
    Neste ano a secretaria estadual abriu para inscrições via internet, mera fachada pois a escolha não vem daí, e sim do conhecimento,a simpatia e interesse de quem escolhe, ano passado a secretaria municipal já havia feito tal procedimento, porém bem antes do término do prazo das inscrições, diversos artistas já divulgavam a participação e o palco do show na virada.

    Teve um período (anos atrás) que a Secretaria Municipal de Educação abriu um edital para inscrições para shows nas unidades do Ceu (escolas municipais) pagavam valores inferiores a R$2.500 por show, não era um cachê tão justo, porém dava pra muitos profissionais trabalharem durante um bom período, tiveram centenas de inscrições de artistas de altíssimo nível.
    Com um valor de R$3.000,00 o que centenas de artistas (como vários que estão nesta virada) ficariam muito contentes em fazer ainda mais sendo mais de uma data agendada.

    Gasto na virada = por volta de 5 milhões

    Trabalhando com a classe cultural atuante em São Paulo
    2.500.000,00 para pagamento de estruturas (dá para se cair muito isto fazendo muitas parcerias, com espaços, meios de comunicação…)
    2.500.000,00 para pagamento de artistas e produtores
    daria para se fazer 830 shows no ano ou seja se considerarmos um período de 8 meses, mais de 100 shows por mês
    Com isso pagando cachês para milhares de músicos, produtores, roadies, interpretes… Tendo algum trabalho o ano inteiro para a classe cultural

    Alguns dos artistas de peso selecionados:
    Lobao, Elba Ramalho, Fafa de Belem, Marcelo Jeneci, Ultraje a Rigor, Luiza Possi, Arlindo Cruz, Charlie Brow, Detonautas, Diogo Nogueira
    Pitty, CPM 22, Elba Ramalho e Maria Gadu

    Nada contra estes artistas, mas gostaria muito de saber os valores dos cachês, afinal trata se de dinheiro público e até para não ocorrer desvio de verbas como foi noticiado na 1 evento da Virada Cultural onde na planilha constava um valor e os cachês eram inferiores.

    Com uma verba desta teríamos trabalho o ano inteiro para quem vive de fazer cultura e profissionais da área.

    Queremos transparência com o dinheiro da cultura.

  • Aurora, 27 de fevereiro de 2011 @ 13:58 Reply

    Voce está certissimo, Chico Ferreira. Essa virada cultural é uma farsa, revela a total ausência de uma efetiva política cultural do governo do Estado, um problema que se arrasta por anos, prejudicando a classe artística e, sim, também o público que tem essas ações concentradas em um único dia.
    Transparência com o dinheiro público da cultura.
    Respeito aos artistas e ao público.

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