Reportagem do jornal o Globo desta segunda-feira (30/7) mostra como o diálogo entre artistas e tecnologia está no centro dos avanços do mundo da música e pode representar tendências futuras desse mercado. Responsável pela direção de arte do show de Marisa Monte e curador da série Multiplicidade, que explora o diálogo entre artistas visuais, músicos e tecnologia, Batman Zavareze, afirma que essa conversa tem gerado resultados cada vez mais interessantes.
“São novos artistas digitais que trabalham sem escritórios, com total mobilidade, compartilhando conhecimento de formas múltiplas, porque cada artista (e engenheiros e físicos já se autodenominam artistas) é um nerd especialista em algo”, declara.
Para o produtor musical João Brasil, uma das maiores revoluções são as novas comunidades formadas nos sites de relacionamento, exclusivas para produtores que têm semelhanças entre seus trabalhos. “Fóruns, produções colaborativas e até ajuda financeira são possíveis”, esclarece. “Hoje, produzo muito sem me encontrar fisicamente com artistas e outros produtores. Eu em Londres, o cantor no Brasil e o disco masterizado na Alemanha”.
Alexandre Schiavo, presidente da Sony Music Brasil, destaca o aparecimento de tecnologias que permitem a um usuário não conectado à internet, ouvir músicas que não estão arquivadas em seu dispositivo (PC, smartphone, tablet). “São serviços de música digital por assinatura, como o Oi Rdio e o Terra Sonora, em que a música fica na memória cache do aparelho e o cliente consegue acessá-la off-line de qualquer lugar desde que seu plano esteja válido”, explica.
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*Com informações do jornal O Globo
