Reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (6/3) mostra que, com o ingresso brasileiro na rota de DJs internacionais, desde 2005, o mercado de música eletrônica cresceu, se profissionalizou e só no último ano movimentou R$ 1,4 bilhão em arrecadação de festas, cachês e patrocínios.
O cálculo é da OSC Marketing, empresa que organiza o evento de música eletrônica Rio Music Conference 2011, que aconteceu na última semana no Rio de Janeiro e gerou negócios de R$ 20 milhões entre contratos fechados por DJs para apresentações e patrocínios. Durante o Carnaval, o evento continua com cinco festas.
Para Guilherme Borges, diretor da empresa, a vinda ao país de nomes como David Guetta, Fat Boy Slim e outros despertaram o interesse pela música eletrônica. Além disso, a internet e as redes sociais também foram “fundamentais” na divulgação da música eletrônica. “Tem uma massa enorme, uma garotada da geração Y, que faz música pelo computador e coloca seu trabalho no Facebook e no My Space. Muitos são descobertos pelas redes sociais”, diz.
Mais de uma centena de DJs menos conhecidos cobram, segundo Borges, cachês entre R$ 500 e R$ 3 mil por festa. Os internacionais como Guetta chegam a receber US$ 200 mil e reúnem público superior a 30 mil pessoas.
Em 2010, segundo cálculos da OSC, foram realizadas cerca de 300 festas no país por semana, com um consumo médio de R$ 85 por cliente, entre ingresso e bebidas.
O músico e produtor Júnior Lima, ex-dupla com sua irmã Sandy, que há dois anos criou o projeto Dexterz, diz que o que torna o negócio lucrativo é o baixo custo de produção. “Viajamos só com mais duas pessoas. Quando fazia dupla, cheguei a ter equipe de cem pessoas”, diz.
*Com informações da Folha de S. Paulo
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