“A criação é o elo mais fraco e fácil de se neutralizar com o irônico discurso de ‘democratização do acesso’”. (Ana de Hollanda – Blog do Antonio Grassi).

No corpo e no espírito do Ecad que agora encontra a fala solidária da Ministra da Cultura, a tendência é o MinC seguir os artifícios hegemônicos de uma “produção de cultura racional”.

Hoje, dentro do MinC, esta racionalidade dominante deriva da técnica com objetivos mergulhados obedientemente nos imperativos do mercado. Assim fica mais fácil simplificar os novos possuidores e os não possuidores da readaptação que construirá um círculo vicioso na rotina da cultura institucional do Brasil.

Há uma nova ideia de cultura artística saída do ventre do novo MinC e, a partir dela estão sendo abertos novos espaços para um verdadeiro e receptivo totalitarismo, a cultura como prestadora de serviço, incorporando assim nas ditas produções racionais uma produção limitada aonde a sociedade entra com investimento público no início da cadeia e como consumidora contumaz no final da mesma para coroar esse círculo da teoria do medalhão.

É nítido que com o objetivo avassalador de chamar “às falas” os pontos de cultura e jogar purpurina no “criador”, o MinC, ao invés de consagrar a multiplicação das fontes criativas, na realidade permite apenas a cultura como metamorfose do “trabalho”. Tudo logicamente baseado no “enriquecimento do movimento intelectual brasileiro do oráculo dos deuses do mercado”.

Com isso tem-se, já agora, a certeza de que cada dia é dia de escassez de pensamento crítico dentro do MinC, sobretudo quando a fração de seu território condena o movimento determinante para uma extraordinária difusão e criação de novos atores da arena brasileira singularizadas pelo projeto Banda Larga do governo federal.

O MinC, de forma resolutamente boçal, tenta a todo custo encontrar freios para segurar o vulcão de autenticidade, de expansão da transformação em marcha crucial para a vida do Brasil, que é a democratização do acesso a todas as formas de conhecimento e de participação dos movimentos sociais. O comportamento do MinC hoje é, todavia, imaginar um outro cenário para o Brasil, aonde o espaço seja curto e os fluxos de conhecimento da sociedade fiquem subordinados não só ao Ecad, mas à realização da cultura do dinheiro, aumentando a capacidade de servir à plenitude do neoliberalismo cultural. Portanto, para o MinC não basta o simples escambo, mas o lucro como valor representativo da produção cultural.

Nessa marafunda de conceitos a ideia de povo, de nação e de Estado nacional fica restrita à cultura pela invenção do dinheiro. Assim, o MinC entra numa queda de braço com um dos principais projetos do governo federal, o Banda Larga. Se o governo federal, através do Banda Larga quer construir um conjunto de sistemas naturais a partir do território, do chão da população brasileira e sua identidade como base de suas políticas, os novos conteúdos demográficos, sobretudo os econômicos, agora no território do MinC estão subordinados aos processos da globalização cultural que não é outra coisa senão a definição de pobreza cultural a partir da marginalização da sociedade como protagonista do processo econômico através da divisão da riqueza e do trabalho.

Neste caso pinçado pelo MinC de Ana de Hollanda, a sociedade é admitida apenas como um mecenas compulsório e um consumidor voluntário de bens e serviços da chamada indústria criativa que não é outra coisa que não as fórmulas e formas de relacionamento entre artista e sociedade extraídas da costela do neoliberalismo industrial de cultura, ou seja, uma sociedade dócil e passiva diante da sabedoria imperativa dos donos da verdade absoluta.

Podemos afirmar então, em última análise, que está instalada uma contradição a partir da incompatibilidade ética entre o projeto majoritário do governo Dilma, de educação e cultura, o Banda Larga, e a política fracionada e miúda do Ministério da Cultura de Ana de Hollanda.

Se no governo Lula, simultaneamente, Gil e Juca cantaram e lutaram pela ampliação da comunicação dando ao Brasil, através do Banda Larga, o verdadeiro sentido de aldeia e do nascer de um país do século XXI, Ana de Hollanda, por sua vez, sonha com um mundo só, o mesmo que está nas mãos do mercado global e suas relações da arte alicerçadas no dinheiro em estado puro, fazendo do MinC não um ministério da cultura, mas um marchand, um regulador de mercado que atende à velocidade do dinheiro e não à realização do sonho da democratização do acesso a todas as formas de conhecimento e, consequentemente aos inúmeros efeitos no espaço e no tempo do Brasil Banda Larga.

“Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade”. (Paulo Freire – Pedagogia da autonomia)


Bandolinista, compositor e pesquisador.

21Comentários

  • Rinaldo Guerra, 22 de março de 2011 @ 11:21 Reply

    Que você goste de divagar tudo bem.Mas divagar sempre no mesmo bordão, amontoando inverdades na vã tentativa de colar idéias e ações na pessoa da Ministra Ana de Hollanda, aí já está chamando atenção mesmo.
    Você simplesmente repete o discurso de certos movimentos de ativistas digitais,dos interessados em vender gadgets,que certamente tinham como objetivo emplacar um outro nome para o MinC.
    Aprenda a conviver com a realidade.Comece a desconfiar que as informações correm e as máscaras já estão ao chão.

  • Carlos Henrique Machado, 22 de março de 2011 @ 11:54 Reply

    Você entra aqui de forma genérica fazendo saudação ao sobrenatural de almeida. Tudo o que falei está linkado. Você chegou com ares de Hitchcock, fazendo espuma com sabão de sebo. Mas numa coisa você tem razão, as informações correm e as máscaras já estão ao chão. Veja a agenda da Ministra no dia 18 passado e passe os olhos também nesta matéria abaixo publicada ontem no blog do Luis Nassif. E se tiver um pouquinho mais de tempo, leia o artigo de Sergio Amadeu no blog do Zé Dirceu. Detalhe, a convite de Dirceu para a entrevista do mês. Isso te diz alguma coisa?

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    A visita de Obama e o Minc
    Enviado por luisnassif, seg, 21/03/2011 – 11:20
    Do Estadão

    Quem tem medo da mudança?

    Por Redação Link

    * Por Tatiana de Mello Dias e Rafael Cabral

    Entre discursos, reuniões bilaterais e possíveis acordos comerciais, um ponto da agenda da comitiva americana que acompanha Barack Obama em sua visita ao País chama atenção. O Secretário de Comércio dos EUA, Gary Locke, se reuniu na sexta-feira passada, 18, com a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. O pedido, em forma de “visita de cortesia”, partiu do governo americano e tinha como pauta um tema quente para o Ministério no começo de 2011: propriedade intelectual.

    A pauta oficial falava em Ano Interamericano da Cultura e a Convenção da Unesco para a Diversidade. Mas, no pedido da embaixada norte-americana (ao qual o Link teve acesso), fica claro: o secretário de Comércio dos EUA queria falar sobre direitos autorais. E é difícil discutir isso com Ana de Hollanda sem passar pela Reforma da Lei de Direitos Autorais. Marcia Regina Barbosa, a nova responsável pela área no Ministério (leia entrevista na pág. 2), participou do encontro e confirmou o tema: “Ele sabe que estamos passando por um processo de reformulação do projeto de lei e mencionou que se coloca à disposição para ajudar”.

    sde o começo do mandato da compositora, o MinC tomou a contramão. Logo em janeiro, a ministra desvinculou o selo Creative Commons do conteúdo do site e fez elogios ao Escritório Nacional de Arrecadação (Ecad), criticado pela falta de transparência no repasse de direitos autorais de músicas e principal adversário da reforma, que criaria um órgão governamental para fiscalizá-lo. Em entrevistas, apesar de afirmar que ainda não lera o texto, Ana deixou claro que compartilhava os mesmos pontos de vista das entidades que tanto se opuseram a ele.

    A equipe que tocava a reforma saiu do Ministério. A Diretoria de Direitos Intelectuais foi ocupada por Marcia Regina Barbosa, que integrou o Conselho Nacional de Direito Autoral (CNDA) e já escreveu um artigo com o advogado Hidelbrando Pontes, conhecido defensor do copyright e ligado ao Ecad.

    “Ganhamos a guerra, pode ter absoluta certeza”, garante Roberto Mello, presidente da Associação Brasileira dos Músicos (Abramus), um opositor da política anterior do Ministério que se diz “bastante satisfeito” com a nova gestão. “Pode esquecer esses ativistas que estão protestando, eles já eram. O Ministério foi completamente desaparelhado”, afirma.

    Ruptura. O que ainda se discute é o porquê de uma mudança tão radical em um governo de continuidade. “Tem sido feita muita pressão para que o Brasil adote uma linha mais amigável aos interesses dos EUA e para que siga suas recomendações em relação aos direitos autorais. A escolha de Ana de Hollanda e suas primeiras ações a esse respeito refletem isso”, afirma o sociólogo Joe Karaganis, pesquisador do Social Science Research Council que chefiou um estudo de três anos sobre a pirataria em países emergentes (leia mais sobre a pesquisa na pág. 2).

    Com os norte-americanos insatisfeitos, o Brasil poderia começar a sofrer retaliações comerciais. Por isso, o novo MinC teria decidido se alinhar à cartilha dos grandes conglomerados da música e do cinema. “As pequenas ações da ministra apontam basicamente para a realização da agenda da indústria cultural”, afirma Pablo Ortellado, do Grupo de Políticas Públicas para o Acesso à Informação da USP.

    O que Ana de Hollanda está fazendo – e dizendo – vai na direção do que quer a Aliança Internacional de Propriedade Intelectual (IIPA, na singla em inglês), entidade que reúne órgãos como a MPAA, associação que representa os estúdios cinematográficos, e a RIAA, representante o mercado fonográfico.
    Em relatório divulgado da semana passada, a associação recomenda que o País endureça a legislação antipirataria. O Brasil foi classificado com um dos 40 países do mundo a se “prestar atenção”. A entidade diz que a flexibilização da legislação é “inconsistente com um equilíbrio viável entre proteções e exceções”, além de “desnecessária”.

    O estudo poderia ser só um retrato do que são os países na visão das indústrias que combatem a troca de arquivos e cópias ilegais, mas sua importância é bem maior e tem ligação até com a visita de Gary Locke a Ana de Hollanda na última sexta-feira.

    A IIPA envia as informações ao Escritório de Comércio, que as usa na elaboração do Special 301, uma lista anual dos países que não colaboram com a propriedade intelectual e que é usada como pressão em acordos comerciais bilaterais. Os EUA têm um mecanismo para ajudar países em desenvolvimento com a isenção de impostos na exportação de produtos, mas atrela o benefício justamente à maneira como eles cuidam dos direitos autorais. Quem desagradar perde o benefício.

    Ortellado teme que, por medo, o governo brasileiro siga à risca as recomendações da indústria e evolua para políticas repressoras como a do “three strikes”, que permite a retirada de conteúdo ou mesmo a suspensão da conexão de usuários acusados de infrações de copyright. O cenário catastrófico ainda não se anuncia, mas o pesquisador já arrisca um ponto final ao menos para o projeto formulado no ano passado: “A ministra vai sentar em cima da reforma. A posição da indústria é não mudar a lei”.

  • gil lopes, 22 de março de 2011 @ 12:51 Reply

    O problema é que alguns não admitem que vivemos no regime capitalista, onde o lucro é legítimo. O problema é que alguns querem se apropriar de segmentos da sociedade na sua luta contra o capitalismo e a Cultura é um prato feito por aqui. Ninguém é muito culto, ninguém está muito interessado em cultura, então…olha o que acontece. A Cultura entregue aos partidos nanicos ou “movimentos” minoritários olha no que dá. Deu nisso, nessa derrota retumbante e nesse falatório deletério.
    A Cultura tem que se inserir no sistema nacional, no capitalismo brasileiro e avançar, democraticamente. A democracia no Brasil tem feito suas escolhas e tem se desenvolvido, o aparelho de Estado tem que caminhar junto. O atraso do discurso e do pensamento da Cultura no Brasil é consequência do abandono, da utilização desse espaço para o pacto político, importante, mas a relevância da Cultura no mundo contemporâneo exige novos comprometimentos. É nesse sentido que Dilma se movimenta, dando continuidade aos governos anteriores recentes, mas indo adiante. Continuar não significa ficar no mesmo lugar, continuar é ir adiante. Adiante!

  • Manoel Neto, 22 de março de 2011 @ 15:43 Reply

    Parabéns pela reflexão Carlos, como sempre ação provocadora caracteristicas dos que estão bem informados.
    Novamente uma vaia pros que tentam transformar o erro em fantasia, pessoalizando a questão, afirmando que na verdade tudo não passaria de um golpe contra a ministra. No fundo temos que admitir que o golpe existe e é interncional dos organismos de direitos autorais, pegou de assalto a sociedade brasileira, e ai ou a ministra esta desinformada ou o pior pode ser verdade!

    Abraço

    Manoel (membro da música no Conselho Nacional de Políticas Culturais)

  • Carlos Henrique Machado, 22 de março de 2011 @ 17:30 Reply

    Pois é Manoel, essa fulanização está custando a cabeça da Bethânia. Durante os últimos anos, como se pode ver abaixo no post “O Estado Contra a Lei”, o tucanato culto vestiu a fantasia do anonimato para tentar queimar Gil e Juca em praça pública. De lá pra cá a defesa de seus jogos de sorte, nunca de azar, envolvendo políticos e empresários do PSDB/Dem o pelotão corporatcrata de fuzilamento a Juca se inspirou em FHC, uniu-se a Sayad para fazer um churrasquinho de ministro no auditório da Folha em rede nacional. E aí, pra quem tem boa memorização, lembra que Juca deu um sapeca iaiá no bufão do Sayad. A rapaziada do bico longo partiu para entrar no jogo de Dilmagate, chamá-la de poste e Juca de fascista pra baixo, porque ele estava demonizando a Lei Rouanet, comprando um monte de “Zé Boquinha”stalinista ou “petismo hipnotizando”, com seu turbante de Herculano na cabeça.

    Mas agora existe twitter e blogs a dar com o pau e a sociedade está entendendo melhor como funciona o golpe tributário chamado Lei Rouanet, viu que é a sociedade quem paga a conta, então a história da Bethânia no twitter virar um “cala a boca Galvão!” em quantindade. Ou seja, a Lei Rouanet foi parar na boca do povo, nos butecos, biroscas,na boca maldita nos bilhares. Antes não, ficava tudo ali aonde o tucanato gosta de fazer revolução, no american bar.

    Massacrado nas urnas, os ex-serristas estão aí chamando a nossa presidente de Mãe Dilma, pois estão órfãos e desesperados, já que Alckimim está fazendo a fila andar botando os marcatistas que fizeram a história mais suja das eleições caçarem seus rumos.

    Na verdade Ana é a última chance dos corporatocratas demotucanos agora tão solícitos ao PT, só que a militância do PT sente-se traída pelo casamento MinC/Ecad e fortalece cada dia mais o coro dentro do partido, fazendo os principais quadros do partido assumirem o compromisso de estar do lado dela.

    Quem quiser fechar os olhos para a informação abaixo, que feche. Além é lógico da sócia do Hildebrando do Ecad ser hoje o braço direito de Ana de Hollanda. Já já o twitter vai cantar o que Ana não quer ouvir.

    16h00 -Reunião com o Ministro de Comércio dos Estados Unidos da América, Gary Locke e Anne Driscoll, Diretora de Comércio Exterior para a América do Sul, Danny Devito, Ministro Conselheiro para Assuntos Comerciais, Julie Walden, Assessora Especial, Diretora do Escritório de Ligação de Negócios, Maria Cameron, Assessora Especial (Country Desk), e Devin Rambo, Conselheiro para Assuntos Comerciais.
    Acompanham: Sr. Vitor Ortiz/SE; Sr. Marcelo Dantas/DRI, Sra. Marcia Regina Barbosa/DDI e Nei Bomfim/Ascom.

    sss://www.cultura.gov.br/site/2011/03/17/18-de-marco/

  • JC Lobo, 23 de março de 2011 @ 21:32 Reply

    Vi hoje que o MINC finalmente resolveu divulgar o projeto para a revisão da lei de direitos autorais finalizado pela gestão Juca Ferreira. Tomara que isso sirva pra acalmar os ânimos e trazer um pouco de racionalidade pro debate, tão cheio de falsas polarizações (proteção x acesso, flexibilizar x combater pirataria, etc.). Li muito rapidamente o texto, mas não vi nada demais. Parece uma tentativa de satisfazer a gregos e troianos, o que pode gerar mais pancada dos grupos mais extremados (turma do ECAD x turma do “libera geral”). Posso estar enganado, mas não vi solução para as questões da internet, o que é preocupante. A sobrevivência econômica da cultura depende disso. Tá certo, vivemos no capitalismo, ainda não inventaram outra ordem. Os economistas clássicos dizem que cabe ao Estado garantir o direito de propriedade e estimular a livre iniciativa. Mas isso não funciona se não houver também a garantia da concorrência. O problema é que em Pindorama ninguém quer saber disso. Creio que essa é uma das razões da economia da cultura no Brasil não decolar. Quem chega primeiro no banquete fecha a porta pra não deixar entrar mais ninguém. Pior que isso: quer impedir que os que ficaram de fora organizem o seu próprio banquete em outro restaurante. Escrevi aqui outro dia: além de barrar a entrada, querem impedir que quem ficou de fora faça seu churrasquinho na laje, que montem sua barraquinha de cachorro-quente. É essa postura mesquinha que embaça os debates de revisão das leis de incentivo, dos direitos autorais, do jabá, dos pontos de cultura. Daí fabricam falsas polarizações. Milhares de negócios vão a falência anualmente nos EUA, e isso não causa a menor espécie por lá, a pátria do pleno capitalismo. Aqui não. Dizem:”- meu restaurante é o modelo que dá certo, tô em crise, mas me dá uma verbinha pública aí que logo volto ao sucesso, não gasta dinheiro com esses donos de boteco aí que fazem pão de queijo e não alta gastronomia…”. Preferem ignorar que muitos restaurantes de sucesso começaram como uma birosca modesta.Esse é o triste pano de fundo do debate. Teve um texto aqui no C&M entitulado “modernos, mas sem ser otários”. Mas bem que poderia ser “contemporâneos, mas sem ser mesquinhos”. Fico meio pessimista. Ainda precisamos de uma mudança cultural profunda nas mentalidades. O MINC do Gilberto Gil estava nesse caminho. Agora tá ficando mais difícil…

  • Bruno Cava, 24 de março de 2011 @ 10:44 Reply

    Parabéns Carlos, sempre abrilhantando este portal. Tenho levado seus textos para encontros do movimento, debates na academia, chats online.

    É preciso entender de uma vez que as novas liberdades e modos de produzir não foram avanços tecnológicos, mas um movimento social.

    A cópia livre foi afirmada pela sociedade. Ela não só a aceita, mas a concretiza e dissemina. A cultura livre é resultado do trabalho anônimo e difuso dos muitos, de todo uma afirmação de direitos. Estão sendo criados direitos que não existiam (a internet, o download, a quebra de patentes…), o estado só vem num segundo momento para reconhecê-los (como sói ocorrer no funcionamento do poder constituinte).

    Esse comunismo das redes se diferencia dentro do próprio capitalismo, menos rompendo com ele, do que dele desertando. Outro mundo não só é possível, como já existe.

    Existe sim um antagonismo entre cultura proprietária e partilha, e isso vai além de uma sintaxe poético-política de polemização e mobilização. Está posto um embate do século 21, entre os que se apascentam dos privilégios e capturas do modo antigo, e quem cria e afirma e se movimenta num novo mundo compartilhado, multitudinário, enxameante, uma revolução 2.0 que tanto explica o nosso tempo.

    Menos do que modernice, isto favorece sobretudo os pobres, que mais precisam de xérox, download, remix, remédio. Por isso toda essa política foi tão central no governo Lula, pois inserida num projeto de empoderamento da multidão.

    Nesse sentido, esse novo MinC com Ana de Hollanda, Grassi, representa o que de mais atrasado e reacionário de todo o governo Dilma. Trata-se de uma guinada radical e abrupta, um rompimento direto com todo o movimento social que construiu e afirmou e formulou as políticas culturais (os novos modos de criar e produzir) pelo menos nos últimos 5 anos.

    Não a toa, tanta resistência venha sofrendo, mesmo porque a Cultura Viva mantém interlocução direta com 8 milhões de brasileiros pelo país todo (dados do IPEA).

  • Carlos Henrique Machado, 24 de março de 2011 @ 11:40 Reply

    JC, se levarmos em consideração que os rumos do debate político sobre toda a questão que envolve o Ministério da Cultura e que ganhou caráter nacional, se deu a partir da resolução aberta pela Ministra Ana de Hollanda que estava estreitamente vinculada aos interesses miúdos do Ecad, podemos afirmar que, por inadvertência ou ignorância, quem levantou as armas políticas foi a própria Ministra que hoje, numa campanha de auto-vitimização, diz que a crise foi fabricada. Foi fabricada sim, mas por ela própria. E essa situação tende a se agravar dia a dia, comprometendo basilarmente o destino de nossas políticas públicas de cultura.

    Ana de Hollanda, quando criou a ideia de um comitê central simpático ao Ecad que é uma obra nascente do sentido contrário aos verdadeiros interesses da esmagadora maioria de compositores e músicos brasileiros, ela determinou a filosofia política que caracterizaria o seu cosmopolitismo ameaçador. E aí, o inevitável acirramento político foi levado ao extremo. E por que foi levado ao extremo? Porque a Ministra com o artifício celebralista e com sua filosofia, quis importar a expressão característica que move o princípio ativo do remédio amargo que o Ecad quer impor ao conjunto da sociedade brasileira.

    O hermetismo a que estamos assistindo, o charlatanismo técnico em forma de ciência que o Ecad usa para sufocar o talento dos criadores brasileiros, recebe agora desgraçadamente o apoio e a simpatia da Ministra Ana de Hollanda, desorientando por completo a ideia de um ministério com responsabilidade não só com a imensa maioria dos compositores e músicos brasileiros e as novas gerações de criadores da arte musical, a orientação atual da Ministra diante do seu povo é que é absolutamente esquizofrênica e degenerada, porque ignora e despreza a índole da sociedade brasileira que criou condições peculiares de disseminar a sua música através de suas livres manifestções, sobretudo nos espaços públicos.

    Se afinal de contas a Ministra pretende se divorciar do sentimento coletivo da sociedade, buscando o acervo original do Ecad para servir de cópia dos seus documentos como forma de política pública de cultura, a Ministra Ana de Hollanda inapelavelmente escreveu uma carta de guerra logo na primeira divulgação de sua filosofia parcial diante da imprensa.

    O que eles tentam passar é que na vitimização da Ministra há um dito folheto paranóico com características de grupos que perderam boquinhas no Ministério da Cultura e que, portanto, estão atacando os sentimentos patrióticos da Ministra quando retirou brutalmente o selo do CC do site do MinC. Não tarda a Ministra terá que divulgar o resultado de sua obra. Numa breve introdução, a sua foto se transformou num fórum, só que a sociedade não admite mais ser informada por um simples recorte de jornal, ela quer a abertura completa do debate para a construção de um importante documento que diz respeito ao futuro do Brasil.

    Uma nota aqui, outra acolá, um silêncio sobre o futuro do MinC é que está nutrindo a repulsa da sociedade à sorrateira forma de construir política pública de cultura. Até agora a Ministra destinou suas falas apenas a nutrir expectativas de uma requintada economia criativa. No entanto, nenhuma direção foi apresentada, pois a conta não fecha e a tendência deformadora desse pensamento já está envenenadada nas raizes desse solo cansado do qual a cultura corporativa se lambuzou para sustentar a Lei Rouanet como o seio das civilizações que têm a cultura como forma de construir moedas. Ou seja, JC, todo esse arranjo não é social, muito menos de mercado, ele despreza tanto a essência liberal da livre iniciativa quanto está longe de ser dotado de caráter público essencilmente humanista.

    Mas vamos esperar a ginga da Ministra. Por enquanto, o seu próprio pé de ferro é que está esmagando qualquer boa expectativa que possamos ter do novo MinC. Sinceramente, nunca torci tanto para estar rigorosamente errado. Prefiro a minha cabeça na guilhotina, contanto que tudo isso que é arquitetado no MinC nos revele um grande projeto nacional.

    Obs. O blog do Luis Nassif está convocando a sociedade para debater a LDA. Vale a pena você dar a sua fundamental contribuição também lá.

    Grande abraço.

  • Cristian Korny, 24 de março de 2011 @ 12:42 Reply

    isso é matar a cultura, e criar escravos na base para produzir os aspectos e a linguagem que irar ser compilado por um desses quase artistas no topo da pirâmide que só terá o trabalho de juntar as peças, aposto que junto a isso vem a adesão submissa ao ACTA, e mais vampirização cultural ainda (VTNC!)

    discordo que isto não podia ser vislumbrado desde o governo anterior…

  • Guto, 24 de março de 2011 @ 12:44 Reply

    Carlos

    Vc tem cereza que vc é músico, compositor e pesquisador?

    Que energia hemmmm….Tinha lido uma vez algo que escreveste e achei agressivo e pedante e longe da realidade real do dia-a-dia, de quem vc tanto defende, que aliás, nunca fica claro: o que? quem? para que? para quem?

    Esse aí acima e todas as respostas subsequentes é novamente: agressivo, pedante e detonante.

    Lhe digo: seu estilo não resolve, não ilumina, não evolui..

    Vc tem certeza que é músico?

    E já lhe adianto: não precisa agredir, pois com certeza não o lerei mais, pois por ter vivido na prática muita coisa do que vc tenta discutir, eu lhe afirmo categoricamente: vc não sabe nada.

    Bye

  • Carlos Henrique Machado, 24 de março de 2011 @ 15:06 Reply

    Pois é, Bruno, os nossos iluministas são uns borra-botas, usam a mesma metodologia e rigor nas notas de rodapés que que arregaçaram o Brasil na era FHC. Aliás, FHC corresponde ao resultado mais bonito desse iluminismo bocó que se agarra ao enterro dos ossos da indústria fonográfica para tentar se localizar no mundo de achados e perdidos no qual se transformou a indústria fonográfica mundial. Todos correndo desesperados por achar um documento que lhes dê garantias de sobrevivência dentro da dinastia do direito autoral.

    Tanto cosmopolitismo, tanta literatura de livre iniciativa, tanto palavrório universalista, e agora, a inevitável máscara das velhas oligarquias com seu departamento musical particular mostra que toda aquela efervescência de romper barreiras, de ganhar o mundo era somente a possibilidade de ganhos materiais. É a falsificação do moderno, o uso da dissonância pela dissonância, uma gratuidade de mercado que não aceita reflexões e vive irresponsavelmente de frases de efeito.

    Estão eles novamente querendo determinar formas de, via on line, sequestrar o futuro do Brasil e, ao mesmo tempo, acessar as suas contas e verem que a essência da humanidade de uma obra artística só é essência no sentido da palavra, se engordarem as suas contas.

    O grande problema é que no meio de toda essa generalidade que diz estar providenciando a elevação social do criador, a exemplo de vários pronunciamentos da Ministra Ana de Hollanda, o tet-a-tet da “revolução constitucionalista” do Ecad é, na essência, o9 maiorr inimigo do compositor, do criador.

    Tais palavras como desaparecerão do mapa, isso é fatal se ignorarmos a arapuca que tem dentro da doutrina técnica que Ana importou do Ecad. Como eu já disse, isso está claro. Enquanto a indústria fonográfica aguarda o cartório liberar seus ossos para o enterro, o Ecad que vampiriza a sociedade, está cada vez mais vitaminado, batendo recordes de arrecadação. Ou seja, quanto menos se cria ou se investe na criação, mais lucro a dinastia dos arrecadadores touro-sentado, engorda suas contas bancárias. Ou se acaba com o Ecad ou o Ecad acaba com a criação brasileira. Ninguém desrespeita mais o criador do que o Ecad.

  • gil lopes, 24 de março de 2011 @ 15:11 Reply

    O drama é esse…a cavadinha não cola por muito tempo, esse comunismo todo não passa e a internet não é resultado de nenhum movimento a não ser o dos capitalistas que a financiaram e como não existe almoço grátis, a conta chega. O mundo é velho e nossos parceiros são conhecidos, estamos comprometidos com um modelo de democracia ocidental com nosso trabalho anônimo e difuso, precisamos projetar a leitura correta sob pena de sofrermos esses engasgos que nos atrasam. Gilberto Gil perguntava se queríamos seguir com o modelo de desenvolvimento ocidental ou se pretendíamos ousar alguma coisa diferente. Como discurso parece bonito, na prática depois de 10 anos de Nova Cultura podemos perceber nosso atraso, estamos discutindo creative commons, francamente…a dúvida sobre o modelo é residual na nossa democracia, é legítima mas é residual, portanto não podemos ser reféns dela.
    Depois de recebermos o presidente americano com o carinho que demonstramos, tem gente que se assusta vendo Ministro da Cultura em reunião com governo americano, se isso é possível. Como se em todas as pastas isso não ocorresse, como se não quiséssemos isso, como se isso denotasse algum entreguismo…é simplesmente ridículo. Esse anti americanismo é do tamanho da manifestação contra Obama, o contrário dele é do tamanho do Brasil. Adiante.

  • Cristian Korny, 24 de março de 2011 @ 16:46 Reply

    que o elo de mais fácil imobilização é o da criatividade eu já sei, é só meter socos no criativo que ele perde a criatividade, a indústria cultural como a temos hoje, e com esses direitos para uma minoria está errada, existem artistas verdadeiros que são roubados em sua expressão e de cujos os direitos serão negados e transferidos a um queridinho de indústria, todo mundo sabe como isso funciona (indústria), é boa para construir carros, é boa na organização, muitos no chão e poucos no topo ganhando muito, mas é ruim para a cultura, a não ser que o que se queira seja controle social, propaganda, é essa a estrutura da indústria cultural desejada? mas usurpar a criação de alguém que não pode se defender para transferí-la sem chances de defesa para algum figurão do rádio, da tevê ou do cinema é uma grande covardia, cenário vampiresco que começa a ser visualizado por quem é mais atento, sempre foi assim e quem quer que mude? :O)

    (eu publiquei o texto acima no blogo da globo, e é claro, foi apagado…)

  • Cristian Korny, 24 de março de 2011 @ 17:03 Reply

    “esse aí de cima”, vejo que você entrou no esquema que lhe feriu,

    o nome disso é se vender:O)

    não precisa me ler, é que alguém pode querer ler minha defesa…

  • Carlos Henrique Machado, 25 de março de 2011 @ 0:38 Reply

    Dilma vai bem obrigado, hoje recebeu os estudantes fora da agenda, num claro sinal de que o dialogo será a pauta principal do seu governo. Já a Ministra Ana de Hollanda…

    Carta da CNPdC ao Ministério da CulturaPostado em 24/03/11 por patriciaferrazO silêncio não inocente

    A primeira tentativa da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura (CNPdC) de retomada do diálogo com a nova equipe do Ministério da Cultura (MinC) se deu no dia 10 de janeiro de 2011 com o protocolização de oficio (MinC/SFAdm 1238/11) solicitando audiência com a nova Ministra Ana de Hollanda. O Pontão de Articulação da CNPdC (Pontão) passou a acompanhar diariamente os despachos do gabinete no aguardo por uma confirmação.

    No dia 14/01, o Pontão foi procurado pelo MinC numa sondagem sobre a possibilidade de datas, que foi confirmada para o dia 20/01/2011. A Comissão estava se organizando para a referida reunião quando, em 19 de janeiro, o MinC telefona para o Pontão cancelando a reunião com a Comissão.

    No dia 01/02 de 2011 o gabinete do MinC liga querendo uma reunião com o Pontão para o dia 02 de fevereiro, que foi confirmada. Estiveram presentes nesta reunião os secretários Victor Ortiz e Marta Porto entre outros integrantes do MinC, 3 representantes do Pontão e 3 representantes da CNPdC.

    Durante este encontro, a CNPdC convida a Ministra da Cultura Ana de Hollanda, o Secretário Executivo Vitor Ortiz e a Secretária Marta Porto para a reunião da CNPdC, marcada para acontecer no período de 18 a 20 de março, em Pirenópolis (GO). O secretário executivo compromete-se em comparecer. O convite oficial foi protocolado em 04 de março.

    No dia 17 de março o Pontão de Articulação da CNPdC recebe a informação que a Ministra Ana de Hollanda, o Secretário Executivo Vitor Ortiz e a Secretária Marta Porto, seriam representados por servidores da SCC/MinC – Antônia Rangel e Cesar Piva – na reunião no dia 19 de março a tarde. Quando do informe, o Pontão solicita então que seja oficializado tal remanejamento para repassar a toda Comissão o que foi atendido na tarde do dia 18, conforme anexo.

    Consideramos que o não atendimento ao convite pelas autoridades do MinC (pela segunda vez) é uma sinalização negativa sobre a importância que os novos gestores deste Ministério atribuem à interlocução com os movimentos sociais, atualmente organizados, como nunca antes na história deste país. Diante do relatado, a CNPdC decidiu adotar uma atitude protocolar, ouvindo com respeito e atenção a fala dos servidores, sem no entanto engendrar um debate, nem apresentar questionamentos ou comentários ao exposto. Optamos pelo silêncio protocolar diante da indiferença política (conforme deliberações constantes na ata da reunião da CNPdC, de 18 a 20 de março de 2011).

    Cabe ressaltar que os representantes do MinC foram bem recebidos na reunião e fizeram uma exposição de 45 minutos sobre a atual situação do MinC. Ao final de suas falas, foram aplaudidos como forma de respeito e a mesa consultou à plenária se algum participante da reunião gostaria de perguntar algo ou fazer comentário sobre o exposto. Conforme decisão anterior, nenhum dos presentes se manifestou. Ouviu-se um silêncio em protesto pela não presença da ministra. A mesa então agradeceu novamente a presença dos funcionários, houveram aplausos e todos foram convidados para um café.

    É importante frisar que os funcionários do MinC permaneceram no local do encontro, foram convidados para jantar com os representantes da CNPdC e se confraternizaram com muitos deles, tornando evidente a existência de laços de amizade com vários integrantes desta Comissão e não haver qualquer animosidade pessoal contra os mesmos. O silêncio foi uma decisão política, coletiva, decidida pela CNPdC por aclamação em resposta à pouca disposição real para o diálogo manifestado pela Ministra Ana de Hollanda e seus secretários neste delicado momento de transição no MinC que contabiliza corte orçamentário da ordem de 25% em toda a pasta enquanto o orçamento do Programa Cultura Viva sofre uma redução da ordem de 55%. A Comissão Nacional dos Pontos de Cultura reivindica urgentemente o pagamento das dívidas de todos os editais e o lançamento de novos editais.

    A CNPdC, como representante dos 27 estados brasileiros e de 30 representações temáticas que contemplam os mais diversos segmentos dos fazeres e saberes culturais do Brasil, quer aqui reafirmar a sua disposição para o diálogo com este Ministério e com o governo da presidenta Dilma Rousseff, na condição interlocutores de um contingente de cerca de 8.000.000 (oito milhões) de brasileiros, segundo dados do IPEA/2010, beneficiados por uma politica pública de cultura e que se tornou referência de democratização da cultura no Brasil e no mundo: o programa Cultura Viva!

    Na oportunidade apresentamos nossa agenda política para o primeiro semestre de 2011.

    AGENDA DA CNPdC

    Dia 18 de abril. Ato Nacional nas capitais dos 27 estados. O Movimento realizará atos nas regionais do Minc e onde não houver regional o ato acontecerá em espaços tradicionais de manifestações artísticas e políticas.

    Dia 25 de maio. Caravana dos Pontos de Cultura rumo à Brasilia e reunião da CNPdC – Continuidade com melhorias. ANISTIAR, AMPLIAR E DEMOCRATIZAR.

    Dia 25 noite – Plenária com a todos os pontos presentes.

    Dia 26 e 27 – Reunião da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.

    Na certeza de que é através do diálogo que construiremos a democracia que queremos, despedimo-nos cordialmente.

    sss://pontosdecultura.org.br/noticias/carta-politica-da-cnpdc-ao-governo-dilma/

  • gil lopes, 25 de março de 2011 @ 12:06 Reply

    Meu prezado Carlos, se me permite uma sugestão singela e uma personalização, gostaria de reafirmar que acompanho com interesse suas intervenções, independente de crítica. Considero importante sua reflexão, como de resto de todos que aqui convivem.
    Para o andamento dos comentários, talvez seja desnecessário trazer cópias de documentos sob pena de burocratizar o espaço. Fazer alusão a fatos ou documentos e refletir sobre eles me parece mais adequado. A ideia de colocá-los como link ou anexo, ajuda muito também. Publicá-los como comentário, mesmo citando a fonte, pode ser um desvio de interesse.
    Confesso que nem me caberia esse comentário uma vez que os mediadores julgaram pertinente , mas modestamente gostaria de aproveitar a ocasião e sugerir uma avaliação sobre isso.
    Carlão, super abraço.

  • ANDRÉ BARROS, 26 de março de 2011 @ 3:18 Reply

    Parabéns Carlos, é isso mesmo, a Ministra parece que finge não entender a proposta de seu próprio governo. Seria melhor pedir pra sair, que nem o Joel, técnico do Botafogo. A torcida queria que o time jogasse pra frente e o técnico segurando os avanços. ANDRÉ BARROS

  • Celio Turino, 26 de março de 2011 @ 11:18 Reply

    Carlos,

    Não nos conhecemos pessoalmente e tenho evitaod entrar neste debate sobre os rumos atuais no MinC, mas não tenho como deixar de dize-lo, muito consistentes os seus argumentos. Parabéns!

    Célio Turino

  • Carlos Henrique Machado, 27 de março de 2011 @ 23:28 Reply

    Oi Célio

    Sinto-me verdadeiramente honrado com suas palavras, sobretudo no dia de hoje, num domingo quando constatamos manchetes escandalosas nos jornalões e na Veja, nas matérias de Caetano, Ana, Reinaldo Azevedo, Grassi, Noblat e etc., o nível de trevas em que está sendo jogado o nome do Ministério da Cultura do Brasil pela gestão de Ana de Hollanda.

    Tenho evitado elogiar em separado a equipe do histórico e revolucionário governo de Lula para a cultura brasileira, governo que também foi de Dilma como Ministra-Chefe da Casa Civil.

    Aproveito esta oportunidade para enaltecer os pontos de cultura que você iluminadamente criou, revelando a polivalência, o brilho, o calor humano deste programa que é hoje um verdadeiro monumento da cultura nacional.

    Meu próximo texto, já enviado para o Cultura e mercado, traz o título, “Pontos de Cultura – O Sonho de Mário de Andrade”. Gostaria que você lesse e se sentisse homenageado.

    Um grande abraço e a minha profunda admiração.

  • Carlos Henrique Machado, 27 de março de 2011 @ 23:45 Reply

    André exatamente,a ministra finge mesmo não entender a proposta de seu proprio governo.Mas como tem um cacoete antigo em defesa do Ecad tatuado em sua alma ,ela da uma cochilada e o cachimbo cai.Para tentar tapar o sol com a peneira ela mergulha na autovitimização. E assim tenta sobreviver, dando uma no cravo e outro na ferradura. A cada dia Ana se revela um desastre maior que o dia anterior.

  • Cristian Korny, 11 de abril de 2011 @ 19:02 Reply

    olha, se quiserem pejorar como “libera geral” a posição como a minha, vá lá, mas saibam que muita gente de responsa tem a mesma opinião.

    aliás tá na moda fazer como o bacaninha do guto “aí de cima”, (e que não vai me ler) dizer pra não agredir que “não precisa” e sair agredindo,

    tá na moda na internet o cara usar de uma violência sem tamanho para afirmar uma calma que tá na cara que ele não tem, só faz tipo, e não foi só a mim que ele agrediu.

    ou então ficar elogiando sem nada acrescentar, quer dizer que desqualificar sutilmente o outro não é agredir? e ainda merece elogio?

    então tá bom!

    fiquem vocês aí fingindo que estão debatendo, mas o que desejam é jogar o futuro do Brasil no lixo, bem pq o futuro se impõe!

    essa posição desqualificada como “libera geral” é a minha, pois não sou só a favor da extinção dos direitos autorais, como ainda acho que patentes deviam ter praso de validade, tipo 5 cinco anos!

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