De acordo com o anuário divulgado pelo festival Rio Music Conference (RMC), maior estudo do gênero no país, o mercado de música eletrônica movimentou R$ 1,95 bilhão em 2011, atingindo uma audiência de 19,5 milhões de pessoas, com patrocínios que ultrapassaram a marca dos R$ 460 milhões e mais de R$ 97 milhões pagos em cachês. Em termos gerais, o avanço é de 84,2% com relação ao ano anterior. O setor já projeta um avanço de 12% a 15% em  2012.

Segundo o jornal Valor Econômico, o fenômeno é cíclico e mundial. Incorporados pela música pop, beats e sintetizadores refletem o uso da tecnologia como meio de produção. Grupos como Black Eyed Peas dominam o mercado com canções criadas em softwares.

Embora historicamente a maior difusão do gênero tenha ocorrido na Europa, os EUA vivem hoje uma espécie de nova revolução eletrônica comandada pelo produtor Skrillex, que superou a dicotomia entre sonoridades underground e mainstream com o dubstep, fusão de dub com outros gêneros eletrônicos, como house e tecno.

Segundo Guilherme Borges, sócio da RMC e idealizador do anuário, os maiores responsáveis pela difusão midiática do estilo são os festivais internacionais que vem acontecendo no país. Principal pólo de shows estrangeiros e casas noturnas do gênero no Brasil, o estado de São Paulo responde por 25% do mercado de música eletrônica, segundo o anuário. Santa Catarina fica em segundo lugar, com 16% do share.

De olho nesse cenário, a produtora holandesa ID&T, em parceria com a agência de eventos brasileira PlayCorp, deve investir cerca de R$ 250 milhões nos próximos cinco anos, trazendo festas como o Dirty Dutch e o Misteryland para o país, além da criação do festival One Rio, que pretende reunir cerca de 150 mil pessoas no mês de outubro, e do Nachtlab, um laboratório criativo para novos negócios da música eletrônica com sede em São Paulo.

Mauricio Soares, gestor do projeto, no entanto, indica cautela com os números. “O contexto positivo viabiliza produções mais caras e complexas, mas a história nos ensina que isso pode não se manter a longo prazo. Consideramos fatores mais perenes para o investimento”.

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*Com informações do site do Valor Econômico


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