Em uma era de muito conteúdo, a cultura do ‘grátis’ se propagou de forma arrasadora na Internet e se tornou uma questão vital e de extrema preocupação para os veículos: se os meios tradicionais de remuneração do conteúdo encolheram, e ainda faltam novos modelos de receita, como fica a sobrevivência da mídia? E qual o papel dos leitores, marcas e anunciantes no futuro da produção intelectual? Esses assuntos serão debatidos no Digital Age 2.0, maior evento de novas mídias do Brasil, que acontecerá nos dias 18 e 19 de agosto.

Casos que colocam esse tema em discussão não faltam, sendo que a idéia primordial defendida pelos grandes grupos de comunicação é de que a informação em tempo real – e de qualidade – deixe de ser gratuita. E isso é defendido por gente como Rupert Murdoch, diretor –geral da News Corporation e também Thomas Curley, presidente e executivo-chefe da agência de notícias Associated Press, entre outros.

Em meio a essa discussão, a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) propõe medidas ousadas, que exigiriam mudanças nas leis que tratam de defesa da propriedade intelectual. Em especial, alguns debatedores defendem leis mais rígidas de proteção às notícias de última hora (hot news), impedindo que elas sejam apropriadas por serviços online, como agregadores de notícias. Além disso, eles sugerem a imposição de limites ao “uso justo” – nesses termos, a cópia de um artigo noticioso feita por um site de busca a título de indexação seria considerada uma infração não protegida pelo “uso justo”. Outra alternativa seria a criação de uma taxa para licenciamento de notícias, a ser paga pelo provedores de Internet com base no número de assinantes – a proposta cita valores entre 5 e 7 dólares.

E o Google é considerado pelos grandes grupos de mídia como um dos principais vilões dessa crise, já que o buscador permite que os internautas do mundo inteiro tenham acesso às notícias sem pagar nada por isso. Além disso, a empresa ainda é acusada de “canibalizar” receitas publicitárias que seriam voltadas para as publicações.

Para debater sobre o tema, o Digital Age 2.0 terá entre seus palestrantes, Fernand Alphen e Michel Lent, respectivamente diretor e gerente-geral  da Fnazca e Ogilvy, duas das maiores agências de publicidade do Brasil. Eles debaterão esse espinhoso tema, incluindo aí os dispositivos que podem ser considerados como uma das salvações

*Fonte: IDG Now! (Redação)


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Atriz, pós-graduada em gestão da cultura.

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