O novo secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Marcelo Araujo, tomou posse nesta segunda-feira (23/4), em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do governador do Estado, Geraldo Alckmin, e de centenas de pessoas que lotaram o auditório, entre elas políticos, produtores culturais e empresários.
Araujo substitui Andrea Matarazzo, que deixou o cargo para atuar na pré-candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura da capital paulista.
Em seu discurso, Matarazzo lembrou que, embora São Paulo seja um dos grandes polos culturais do mundo, a cultura é muito concentrada na capital e na região central. “Por isso definimos um vetor de trabalho nessa gestão: levar cultura à maioria da população, tanto no interior quanto nas periferias. Assumir a secretaria de cultura foi uma das experiências mais fascinantes da minha vida. Fizemos investimentos grandes e tivemos transformações importantes nesse período”, afirmou, citando o Projeto Guri, o Circuito Cultural Paulista, Viagem Literária, as Oficinas Culturais – que passaram a ter um caráter de formação -, o Programa Cinema na Cidade, Cultura nos Presídios, além dos investimentos na Pinacoteca de Botucatu, no novo teatro de Campinas, no MAC de Sorocaba, no Museu da Ciência da Unicamp, na reformulação do Parque Dom Pedro, no Complexo Cultural da Luz e nas Fábricas de Cultura.
“Em nenhum dos projetos tivemos uma negativa ou redução de orçamento. Todos foram observados e aprovados pelo governador”, disse Matarazzo. “Fico feliz de passar a secretaria para alguém com a sensibilidade e o preparo de Marcelo Araujo. É um prazer passar para alguém que eu sei que é mais competente do que eu na área. Alguém que conhece, sonha e vive cultura 24 horas por dia”, completou.
Em seu discurso, rápido e objetivo, Marcelo Araujo disse que assume com a perspectiva de que São Paulo tem uma vocação para a cultura, conforme lhe disse o governador ao fazer o convite para o cargo. “Vejo o desafio de fomentar as manifestações criativas que emergem de todos os segmentos da sociedade, em suas mais variadas linguagens, bem como pensar em novas maneiras de distribuição dessa produção”, afirmou.
Para isso, identifica como estratégias: o fortalecimento estrutural da secretaria da cultura; a consolidação do sistema de gestão; a construção de parcerias nas esferas federal e municipais, para complementariedade dos programas; o alinhamento das políticas culturais; o incentivo a todas as formas de criação artística; o desenvolvimento da economia criativa; e o desenvovimento de ações de excelência nas áreas de preservação e divulgação do patrimônio cultural.
“Conto com a participação e o diálogo permanente com toda a população e representantes da área cultural paulista”, encerrou o novo secretário.
Geraldo Alckmin falou rapidamente, destacando o prestígio de Araujo. “Este auditório nunca esteve tão animado. Prova do apreço e confiança de todos pelo trabalho de Marcelo Araujo.”
O governador destacou que Araujo conhece a cultura e é bom gestor. “Essa combinação é importante: conhecer onde vai trabalhar e conhecer a máquina, o funcionamento e a estrutura”, disse Alckmin, completando que o novo secretário é “um homem da cultura, pela cultura, para a cultura”.
Segundo a Folha de S. Paulo, o orçamento previsto para a pasta em 2012 é de cerca de R$ 850 milhões (praticamente o mesmo do ano passado), sendo que quase R$ 420 milhões serão repassados a 20 organizações sociais por meio de convênios.
*Com informações da Folha Online