Todos sabem a importância do hábito da leitura para o desenvolvimento da criança. As escolas de Educação Infantil incentivam e as grandes livrarias têm espaços lindos com livros infantis e atividades diversas (Contação de Histórias, etc.). Conforme a criança cresce, as escolas tornam obrigatória a leitura de livros e as livrarias conquistam os adolescentes com outros espaços e atividades.

Sabe-se, também, que o melhor exemplo é o que vem de casa. As crianças e adolescentes têm os pais como exemplos em tudo, inclusive no hábito da leitura. Cabe a estes o principal incentivo.

Hoje, o brasileiro lê mais do que no passado, porém acredito que poderia ler ainda mais. É possível analisar esse fato ao observar que programas como as bibliotecas móveis ou as introduzidas em ambientes específicos são implementados com grande sucesso. Como exemplo podemos citar as bibliotecas no Metrô. Estas iniciativas são fundamentais, pois, apesar de existirem ótimas e modernas bibliotecas, nem todos têm acesso a elas ou facilidade em freqüentá-las.

O surgimento dos eReaders é um novo marco. Muito se discute se os livros vão desaparecer ou não. Independente do que acontecerá, os eReaders facilitarão o acesso a livros, tanto por compra como por empréstimo. Mesmo sendo necessário um investimento inicial, mais famílias poderão comprar livros e bibliotecas podendo ter um acervo maior. Será mais uma maneira de acesso aos livros, incentivando pessoas que ainda não tem esse interesse e ajudando a desenvolver o hábito da leitura.


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Educadora, produtora cultural e socia-diretora do Passatempo Recreação & Estudo. Estudou Management des Entreprises Culturelles no Groupe ESC Dijon Bourgogne.

2Comentários

  • Fabrício, 14 de setembro de 2010 @ 10:42 Reply

    É isso mesmo, certamente, toda ação em prol do incentivo à leitura é louvável.
    O surgimento dos eReaders é parte da nova maneira fragmentada de leitura do mundo e não haverá mais que nostalgia àqueles que dizem e relembram as escolas de antigamente que ofereciam literatura tipo Machado de Assis aos pequenos, e faziam da educação um prestígio.
    Hoje há uma horizontalização da educação e por isso mesmo também surge a autonomia como algo tácito; quem quiser mais que busque mais, não é mesmo?!
    Eu trabalho com arte ecultura há 13 anos e tenho um projeto de festa literária que já realizei em 2008 aqui no Triângulo Mineiro e tento dar continuidade, mas isso não me dá o contorno exato de como trabalhar a leitura com os meus próprios filhos, rsrs
    Este site é ótimo de conteúdo, parabéns do fundo do coração ao Leonardo Brant!!!

  • Vander Lins, 15 de setembro de 2010 @ 11:03 Reply

    Hum… creio que a questão está no "hábito", pois crianças, adolescentes e até adultos, fazem as coisas por prazer. É preciso despertar o prazer de ler. Hábito me remete a "corpo dócil" a disciplina, a obrigação. Não leio por hábito e sim por gosto.
    O simples acesso não vai despertar gosto, é preciso conduzir o "leitor ingênuo" pelo universo das letras e não simplesmente abri a porta e falar "se vira".
    Trabalho numa destas megastores de livro e compreendo a leitura como objeto de desejo, poder e consumo, por isso a criação de "contações de histórias" para conduzir o novo leitor e reafirmar valores nos leitores "desgarrados".

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