Já não existem mais mecenas como antigamente. Esse tipo de investidor “desinteressado”, voltado pura e simplesmente para o  reconhecimento, valorização e fortalecimento da arte e do artista, está com os dias contados. Para esse nosso mecenas imaginário e utópico, arte não se enquadra em linhas estratégicas, não precisa se adequar à política cultural de organizações e governos.

Historicamente, essa figura era muito comum nas relações de poder das cortes, igrejas e elite burguesa. Mas os novos tempos (de mídia, consumo, espetáculo e Internet) exigem novos mecenas. No Brasil contemporâneo, falta-nos a grande figura do investidor das artes. Alguém que ocupe o posto que já foi de Cicillo Matarazzo, Assis Chateubriand, Castro Maya. O brilho maculado do mecenas brasileiro carrega a feição vaidosa do encarcerado Edemar Cid Ferreira.

Mas neste vazio das elites brasileiras, há de se destacar o trabalho de famílias como  Moreira Salles, Marinho, Setúbal e Andrade Gutierrez, que figuram entre os grandes colecionadores arte e conduzem empreendimentos culturais com investimentos próprios de grande monta, além de conduzirem programas sólidos e continuados, de interesse público, além de fazerem o justo uso das Leis de Incentivo, coisa incomum na lógica vigente do mecenato empresarial.

Mas uma coisa mudou nas relações de mecenato. O artista deixou de ser o alvo dos investimentos, que passaram a abarcar processos mais complexos e políticas culturais ou de patrocínio. Via de regra, essas políticas dão conta de posicionar, agregar valor, ditar comportamentos e modos de vida a uma esfera simbólica predeterminada, geralmente uma marca empresarial. Para receber o benefício do mecenas, o artista precisa se enquadrar, nesta ou naquela política, pública ou privada.

Num mundo de cultura participativa, de redes e telas convergentes, o mecenato precisa contaminar toda a sociedade. Para que isso ocorra, precisaríamos ter um tipo de consciência coletiva sobre a necessidade de investirmos todos em processos criativos, analisando os efeitos de cada real doado ou investido (ingresso, livro, CD…) sobre o nosso imaginário coletivo, em busca de autonomia e liberdade.

Cultura e Mercado retoma esta semana o CeMcast, com uma entrevista esclarecedora com Karina Buhr, autora da Ciranda do Incentivo, que debocha e dá o recado sobre a (dis)função do patrocínio sobre carreiras e processos criativos. Aguarde!


Pesquisador cultural e empreendedor criativo. Criador do Cultura e Mercado e fundador do Cemec, é presidente do Instituto Pensarte. Autor dos livros O Poder da Cultura (Peirópolis, 2009) e Mercado Cultural (Escrituras, 2001), entre outros: www.brant.com.br

14Comentários

  • Carlos Henrique Machado, 19 de fevereiro de 2011 @ 19:20 Reply

    O conceito de patrocínio está corrompido, e não é de agora e nem é exclusividade da cultura.

    No esporte aumentam os casos de lesões graves e problemas cardíacos agudos em atletas de ponta, sem falar que esses mentêm cada vez mais baixa a média de vida. Sobrecarga e bomba! Para se manter na elite do esporte e conseguir segurar o patrocínio.

    Vi muitos pais dando bomba a seus filhos de 10, 11 anos de idade para, quem sabe, ganhar a prova de natação e, consequentemente conseguir patrocínio de uma grande marca.

    As (restituídas por renúncia fiscal) doações milionárias que usam e abusam da filantropia institucional, cada vez mais se mostram uma enorme contradição em hospitais, além de Santas Casas, Ongs privadas recebem hoje mais de 12 bi, e não teê compromisso público.

    Prefeitos e governadores, proibidos de lançar mão de showmício em campanha, fazem com o próprio orçamento de estados e municípios para a cultura. São quatro anos da mesma receita disfarçada de “evento cultural”.

    É um caso que merece um profundo debate.

  • M. PACHECO, 20 de fevereiro de 2011 @ 7:36 Reply

    Recebi o release e vou desenvolver o tema.
    Acho que o fim do mecenas está diretamente ligado ao advento das Ongs que acabaram se transformando em um novo negócio. O patrocíbio também é um negócio. Nada a ver com o mecenas. Aliás, esse “NADA A VER” tem tudo a ver com “TUDO A VER” PLIM PLIM!
    Vou aprofundar a pesquisa e abordar o mesmo tema.
    Parabéns!

  • John Dekowes, 20 de fevereiro de 2011 @ 9:10 Reply

    Caro Brant, o tema é bastante amplo e requer um vasto estudo em se tratando do mecenato. Mecenas era um ser desprovido de escrutinio político, enlevado na pureza das artes em geral. Mesmo que pequeno fosse o seu investimento, tal “patrocínio” alçava voos que traziam beneficios culturais à população em todas as camadas. Hoje, o mecenato se tornou um “trauma para o artista”, quer dizer, primeiro precisa passar por um corredor polones, depois lançar como uma vara de pesca o seu trabalho à rivelia das marés, em busca de patrocinador, ou dito mecenato, que mesmo vendo projeto “aprovado pelo incentivo cultura”, não percebe a natureza do apelo cultural. A vastidão do universo do conhecimento que é levado ao povo com o seu apoio. Temos grandes empresários que valorizam a espressão “mecenato”, mas buscam apenas projetos da linha “audivisual ou teatral”. Quanto ao lado da literatura são raros os casos, e muitos projetos, mesmo aprovados pela Lei Rouanet, são fadados ao fundo da gaveta pela falta de “mecenas” que buscam inovar com seus “beneplácitos” investimentos a area de Humanidades, ou seja a Literatura em todos os seus gêneros. Cultura não se faz só com audiovisual… mas tambem com leitura, com investimento em novos autores… em novas ideias.
    Então, como vc bem alerta: PROCURA-SE MECENAS! Tomara que realmente o seu pedido seja atendido…

  • Ricardo Barradas - avaliadordearte, 20 de fevereiro de 2011 @ 9:49 Reply

    Este MECENAS que muitos pregam nunca existiu realmente.Mesmo em tempos idos, da valorização da arte por certos bemfeitores, nunca pelo que sei fizeram de forma desprendida ou por amor ao belo.Faziam sim,nas esferas de poder,dos Reis , da Igreja e da Elite Burguesa como acima foi dito.Esta figura angelical do mecenas,é obra de pura ficção romantica.
    Por mais que a Arte, conceitualmente deveria ser uma voz da sociedade e de seu tempo, muito poucas vezes foi.Geralmente quando disse, assim o fez por uma revisão histórica, até por que nunca teve tanta amplitude como parece querer ter agora.A verdadeira Arte sempre foi para poucos.E com isto, neste momento desenvolve a preocupação constante de cada artista, em ser comercial e conhecido pelas mídias de massa, ou de ser artesanal na busca da qualidade e ser desconhecido da grande maioria pela pouca publicidade.Quantitativamente, as novas plataformas tecnológicas já resolveram bem parte deste problema, afinal uma mesma imagem é repetidamente postada de várias formas milhões de vêzes na internet.Agora falta realmente,sugir este bravo, destemido, cavaleresco ARTISTA, e Ele querer desabrochar está ARTE tão pura e independente, que não está contaminada na criação com os patrocínios milionártios, atendendo aos interesses sociais e políticos dos modelos circunscritos e impostos pela nova sociedade.Talvez em minha humilde opinião o novo Artigo deva ser:

    PROCURA-SE ARTISTA.

  • Sérgio Evangelista, 20 de fevereiro de 2011 @ 10:59 Reply

    Vivemos um momento triste no nosso país, onde o alvo dos grandes empresários, rádios e tvs são a cultura sertaneja e axé (beber até cair e chupa que é de uva). Um tipo de estímulo que não passa nem perto das boas leituras, dos bons filmes ou das boas músicas. Artes plásticas? Que isso? Acompanho vernissages vazias e a ineficiência nas divulgações. Parece tudo um ensaio do que realmente gostaríamos de ver.

  • Diego Reeberg, 20 de fevereiro de 2011 @ 12:03 Reply

    Eu acredito que o futuro é o mecenato de todos nós, não necessariamente contribuindo com altas somas, mas a partir daquilo que é possível para cada um, nem que seja R$10.

    Acho que as plataformas de financiamento colaborativo, que surgiram esse ano no Brasil após o sucesso em outros países, se propõe a possibilitar que isso aconteça.

    No começo, esses mecenas apoiarão ideias e projetos de pessoas conhecidas ou que já gostam muito do trabalho, mas, com o tempo e com a familiaridade do modelo, acredito que haverá uma expansão e uma mudança generalizada na forma como as artes são apoiadas no País.

  • Lau, 20 de fevereiro de 2011 @ 12:19 Reply

    Nos falta mecenas por puro medo e preconceito. Mas também pelo baixo nível de produções artística expressada nas ultimas décadas.

    Tudo isso é um balão corrompido, incentivado pela mal desenvolvimento da educação e da cultura.

    Mediocridade é um câncer. Aqui no Paraná um empresário nem atende um produtor. Se atende pergunta que “ator global” esta no elenco.

    Ignorância, medo do Leão e baixo nível educacional-cultural. Não há mecenas num cenário deste.

  • Thiago Fraga, 20 de fevereiro de 2011 @ 15:54 Reply

    Esta cada vez mais difícil que investidores patrocinem os artistas na íntegra, sem que estes não tenham que adaptar seus projetos aos editais e regulamentos destes investidores.

    Enfim, é o atual cenário de investimentos na cultura e na arte.

    Minha esperança é a de que as novas mídias tragam com força estas novas formas de financiamento colaborativo (crowdfunding) como o Catarse e o Multidão já estão divulgando na web.

    Que estas forças tragam novas idéias, novos fundos de investimento e quem sabe, no futuro, as pessoas possam votar nos projetos que mais lhe agradem e isso seja aplicado, ampliando a democracia e abrindo este espaço para o Brasil e o mundo.

  • Vinicius Pereira, 21 de fevereiro de 2011 @ 0:30 Reply

    Como será possível haver mecenato se não há contemplação à arte?

    Na sociedade ultra imediatista em que vivemos, não há tempo para se admirar a uma obra de arte. Obras de arte são coisas do passado, de museus.

    Ao invés de quadros, compramos TVs enormes, que ficam penduradas nas paredes como quadros, mas não são mudas, chatas, todos os dias iguais. As TVs são incríveis, te fazem chorar, sorrir, você escolhe ao toque do seu controle remoto.

    A música poucas vezes é arte hoje em dia. Na maior parte das vezes está vinculada ao capital e sua multiplicação. A música daquela propaganda que te convence, é arte? Não. Arte não tem a ver com dinheiro. O intuito do artista é tocar o coração das pessoas, expressar um sentimento que o perturba e que, somente através da arte ele consegue sacar de si. A arte não é “verbalizável” em forma de prosa. É subjetiva.

    Acontece que sem dinheiro o artista passa fome, não tem onde viver, não se enquadrada na nossa sociedade. Então ele passa a usar seus dons a serviço do capital e a arte vai caindo em esquecimento. As vezes até pelo próprio artista que, quando se deu conta, tem um padrão de vida que o obrigará a manter-se escravo dos gingles e afins para o resto da vida.

    E os artistas gráficos? Deveriam ser chamados de “artistas” gráficos?

    Não se trata de fazer com que os milionários financiem a arte. “A” questão é relembrar a sociedade de que a vida não é pratica, não é para ontem, não é em função das cartas de cobrança que chegam todos os meses. Uma vez que as pessoas se lembrem de que a vida é mais, quem sabe voltem a sentir necessidade de serem tocadas, de arte de verdade.

    Se o empregador não dá aumento de salário para aqueles trabalhadores que o servem, que geram de fato o capital que ele acumula, por que diabos ele financiaria um artista, que produz coisas inúteis? A arte é inútil, não tem utilidade prática, não serve para isso ou aquilo, é subjetiva.

    O mundo está de cabeça para baixo.

    Raríssimas pessoas escutarão minhas composições de apartamento. E é melhor que seja assim, há que eu tenha de adaptar meus sentimentos às necessidades do mercado.

    Consumimos alimentos e mercadorias. Arte é feita para ser apreciada, não consumida. Enquanto o capitalista não se lembrar de que antes de empreendedor ele é um ser humano, e enquanto ele não se der conta de que tudo o que ele for capaz de consumir não será capaz de suprir as necessidades de sua alma, a coisa continuará como está.

  • Tadica Veiga, 21 de fevereiro de 2011 @ 3:05 Reply

    Caro Leonardo, lendo sua matéria, fiquei com o coração apertado e aquele frio no estômago. Sabemos que cada vez está mais difícil pessoas apenas apaixonadas pela arte e que tenham dinheiro para nela investir. Já fazem alguns anos que recebo e também me queixo a respeito de não conseguirmos evoluir na nossa arte em função de passarmos quase todo nosso tempo tentando ganhar dinheiro para sobreviver. Horas a fio, preenchendo formulários para empresas, para o governo, para escolas, e no fim o que acabamos menos fazendo, é Arte e o que realmente gostamos, e que sabemos que muito pode contribuir para o desenvolvimento deste país e de seus cidadãos.

    Mesmo triste, quero dizer: Parabéns pelo seu trabalho!

  • valentine, 21 de fevereiro de 2011 @ 20:47 Reply

    Esses dias estava pensando exatamente nisso… na falta de filantropia a cultura no Brasil. Moro em Toronto e trabalho no segundo maior museu de artes do país (Art Gallery of Ontario, AGO). É impressionante a atividade dos “mecenas” daqui, patrocinando exposiçoes, pesquisas curatoriais, residencias artisticas, projetos educativos, doando obras de arte de suas coleções particulares, etc etc etc. O museu tem um departamento inteiro exclusivamente dedicado a manter as relações com os tais”mecenas”. O mesmo vale para patrocinadores corporativos. E aqui nao tem lei rouanet. O incentivo fiscal que se recebe é bem pequeno, principalmente se comparado ao infame 100% da lei rouanet. Creio que no fundo, a questão é cultural, aqui as pessoas sao ensinandas a dar e a participar ativamente da vida cultural, O museu tem milhares de doadores, desde estudantes que doam 10 dolares ao ano, até aqueles que doam milhões.
    Enfim, apenas um exemplo aqui da gringolandia. Eu não sei o que poderia ser feito no Brasil para começar a mudar essa mentalidade…
    Um abraço!

  • Andreaha San, 22 de fevereiro de 2011 @ 11:14 Reply

    É exatamente isso Valentine, uma questão de cultura, formação. Produzi e sou produzida desde 2002 por associações culturais francesas. Lá na França qualquer francês pode abrir uma associação desta e produzir eventos culturais, sem praticamente custo, ainda assim constituído com empresa. Quem me deu o aval inicial foi a Unesco que desde que me formei vem apoiando os meus projetos. Uma vez suportado por um apoio de peso a associação que for sua parceira tem, em geral, as portas abertas as subvenções.
    No Brasil o artista e todos os agentes de cultura são tratados como pedintes. O sistema precisava ser invertido, uma vez o projeto criteriosamente aceito pelo Minc, as empresas deveriam escolher no seu banco de projetos, aquele que lhe interessaria investir (é apenas uma ideia, é só parar pra pensar que logo outras melhores ou mais completas surgirão).
    Mas num país que os próprios agentes de cultura não entendem a natureza e contribuições da arte para o desenvolvimento da reflexão, só com muita paciência e um pé lá e outro cá, pra poder sobreviver.

  • Carlos Henrique Machado, 22 de fevereiro de 2011 @ 15:21 Reply

    Valentine e Andreaha.

    A grande questão que precisa ser colocada é que somos um país colonizado por uma lógica que jamais quis saber de massa crítica. Ao mesmo tempo, em 500 anos de história tivemos quase 400 de escravidão e o restante até de hoje mantemos uma política segregacionista com os negros. Mas isso não é tudo, o nosso dicionário de estupidez civilizatória é maior, bem maior. Exterminamos 20 milhões de índios para fortaceler o modelo de construção histórica dominante. Então, podemos perfeitamente dizer que no Brasil os espaços culturais são espaços sociais, digamos que seja o último quartel das bases oligárquicas, e isso interessa somente a um determinado mercado, não à humanidade.

    Ter como definição um tipo de política mundializada e ainda tentar inserir a arte numa atividade econômica, tem sido o principal elemento de perturbação em nossa forma de enxergar política pública de cultura, sobretudo agora com esse modelo vigente do MinC de Ana de Hollanda.

    A palavra cultura no Brasil andou separada da sociedade, a difusão nessas normas ainda civilistas, catequistas seguem a desejada seletividade que as elites econômicas nos impõem. Portanto, o funcionamento do Brasil, artisticamente falando, se dá, em regra, pela força da sociedade, é ela quem cria paralelamente uma incompatibilidade e exercita suas diferenças a esse instrumento de poder que as elites criaram em torno do camafeu econômico, social e político que é a cultura hegemônica.

    É difícil entender isso porque toda a lentidão e inoperância em torno da ordem constituida não consegue seduzir a sociedade. Por regra, não analisarmos a cultura como ponto de cidadania integral, principalmente se baseado no que preside o cotidiano das pessoas.

    No caso brasileiro, por exemplo, a realização da arte reclama cidadania. É ai, que os pontos de cultura são absolutamente fundamentais porque revalorizam os lugares com uma adequação do seu estatuto político baseado na multiplicidade das situações sociais.

    A cultura no Brasil ainda, essa coisa oficiosa de marmore, criou uma esquizofrenia nos espaços que deveriam ser fluxo de cidadania, ao contrário de permitir as vocações de forma generosa, os movimentos seguem dentro dessa teia de banalidades o pragmatismo segregacionista herdado das nossas formas colonizadoras.

    O grande erro continua sendo ainda comparar o Brasil com países europeus. Além de terem psiquês distintas no conjunto de seus cosmos, os países da Europa têm por força de sua estagnação uma política de reciclagem conceitual.
    Nós aqui no Brasil estamos vivos, e temos uma enorme diversidade de quadros de vida, cuja realidade preside um cotidiano de novas formas de criação.
    Uma Europa completada em sua possibilidade criativa, em última análise, só é possível ser colocada dentro do Brasil com a proposta já existente de os brasileiros se colocarem como anti-homens ou anti-cidadãos condicionados a viver uma realidade longe da verdade.

    Antes de quaisquer definições devemos compreender o que fazemos dentro do nosso território. Não se pode resolver tudo através de processos técnicos, porque o resultutado será o mesmo que vemos na Lei Rouanet e tantas trapalhadas exoticas da elite dominante, a pior das misturas, o uso político e empresarial numa queda de braço entre a sociedade e as novas fundações oligárquicas com suas especializações em perturbação e desordem social.

  • Sara Pavan, 24 de fevereiro de 2011 @ 15:46 Reply

    Acho que a pior parte desta realidade do incentivo de projetos é a “troca” de favores das produtoras com as empresas. Bem sabemos como funciona esses patrocínios. Muitas vezes o produtor, ou a produtora impõe ao corpo de artistas o que deve ser trabalhado, de acordo com a necessidade das empresas, que precisam fazer ações de relacionamento em determinadas comunidades, e além disso sabemos que uma parte deste projeto vai pra mão do facilitador, do funcionário, do departamento e até mesmo do dono/presidente da empresa. Triste… a que ponto chegamos.

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