Grandes redes de livrarias aceleraram a inauguração de lojas físicas no ano passado e têm projetos de abrir mais unidades neste ano, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (2/3). Até dezembro, a Nobel deve abrir cerca de 22 unidades, e a Saraiva, quatro.

Em 2010, a Saraiva havia inaugurado dez filiais, em cidades como Belém, Uberlândia, João Pessoa, São José dos Campos e Cotia. Livraria Cultura, Livraria da Vila e Laselva também devem abrir unidades. Os shoppings são o principal destino das expansões.

O avanço da renda da população é o que deu fôlego para construção e a ampliação de centros comerciais, de acordo com a Associação Nacional de Livrarias (ANL). E a livraria é polo de atração. “A livraria tem se consolidado não só como lugar de compra e venda mas como um ponto cultural”, afirma o vice-presidente da associação, Edilson Xavier.

Samuel Seibel, dono da Livraria da Vila – que abrirá nova filial no shopping Pátio Higienópolis até julho -, conta que replica no shopping a estratégia que mantém nas lojas de ruas, com a promoção de eventos culturais, como peças de teatro e leituras. “Sempre existiram livrarias nos shoppings, mas antes as lojas eram mais tímidas”, diz.

Na Livraria Cultura, os livros representam 80% da receita. Para o diretor geral da rede, Pedro Herz, com o aumento no número de universitários e a pressão para qualificação no mercado de trabalho, há espaço para o setor avançar.

A livraria Nobel abriu três unidades em shoppings no subúrbio carioca em 2010. Sérgio Milano Benclowicz, diretor da rede, afirma que o modelo da empresa – que concede franquias também para lojas pequenas e diversifica o negócio, com venda de outros itens – facilita a ida para cidades menores e bairros afastados. Para ele, mesmo com o aumento das vendas digitais, há muito espaço para o crescimento das livrarias em lojas físicas.

Dados da ANL referentes a 2009 apontam que existe uma livraria para cada 64 mil brasileiros. Estados como Amapá e Rondônia têm menos de 30 livrarias.

*Com informações do jornal Folha de S. Paulo


Jornalista, foi diretora de conteúdo e editora do Cultura e Mercado de 2011 a 2016.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *