Pensando-se bem, antes estar num processo coletivo do que nessa máquina ultrapassada. Máquina essa desrespeitosa e incongruente. Digo isso porque somos parte integrante de uma cadeia individualista de interesses. Empodera-se para controlar a máquina aqueles mesmos que roubam sua peça mais funcional – o capital – valendo-se do fluxo de movimento dinâmico da máquina para embrenhar feito óleo em toda e qualquer engrenagem sinuosa, silenciosamente.
Se há uma variedade de “novos ladrões”, ela se justifica pela invisibilidade e confusão atômica dos meandros burocráticos legais imperantes. Não há como negar, prepara-te para uma guerra de articulação e saiba que ganharás se for capaz de mover-se desideologicamente entre os partidos do falso inteiro.
Soma-se a essa estratégia o desentendimento de conceitos importantes como o de pátria. Exemplo posso dar-lhes em épocas de “Copa do Mundo”, quando num plimplim sentimos e entendemos o que deveríamos sentir desde nosso nascimento. E assim se perdem tantos outros conceitos como a cidadania, a democracia, os direitos e a liberdade.
O mercado econômico sofre ataques por somas irreais de dinheiro – diga-se bolsa de valores – e cria colapsos astronômicos atingindo todos que não sabem para que serve uma crise. Como ponto de mudança ela nos garante ampliar a visão, aguçar a vontade e ousar mudanças. Aqui posso então dizer que nesse processo a fonte de onde tudo emana – a cultura – é renegada acima de tudo por ter sido esquecida, mesmo representando a potencialidade maior do ser humano, o ócio criativo.
Seria uma boa ideia então aproveitar épocas de escolha para garantir o bom funcionamento da máquina. O segredo dela é o óleo. Ele pré-determina o fluxo entre as peças e em todas elas, espalhando-se. Ao crer que nessa última crise, principalmente na área da cultura, uma nova tribo surge, tudo indica que a crise foi entendida como possibilidade. Essa tribo se fortalece e seus integrantes voltam a ser índios, preparando-se para a escassez futura.
Os Coletivos, diria até “pessoas unidas por uma causa única”, são hoje a fábrica dos óleos lubrificantes. Somos um óleo jovem que soube entender as lacunas da história como reflexão e postura protagonista. Essas tribos coletivas comungam de uma dinâmica original paleolítica; o grupo é mais forte que o indivíduo, porém não existe sem ele. Considerada Fora do Eixo, essa ideologia com a calma da juventude define que somos integrantes de uma nova revolução que se dá agora, amiúde.
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