O bruxinho Harry Potter está prestes a alçar voos mais altos e longos num cinema da Barra da Tijuca. Seus diálogos, gritos, feitiços e qualquer ruído que só os bruxinhos sabem fazer também serão escutados com mais precisão. Tudo porque “Harry Potter e as relíquias da morte – Parte 2” poderá ser visto na cidade numa tela gigante, com projeção de ponta em 3D e com um esquema de som moderno, através de uma tecnologia canadense – o primeiro cinema do tipo funciona desde 1971, em Toronto – que atende pelo selo Imax.

O sistema, conhecido em todo o mundo pela qualidade de imagem e som, chega ao Rio na segunda quinzena de julho, numa sala da rede UCI do shopping New York City Center, justamente exibindo o último filme da série “Harry Potter”. E chega prometendo fazer mágica.

O Imax da Barra da Tijuca será o terceiro do país, após experiências bem-sucedidas em São Paulo e Curitiba. O truque da tecnologia é fazer com que o espectador se sinta inserido no filme. Para isso, a tela é gigantesca, ocupando plenamente uma das paredes do cinema, e o som é especialmente preparado para que cada canto da sala receba de maneira idêntica todos os detalhes do áudio de um filme.

“Há oito anos, eu diria que não havia possibilidade alguma de se viabilizar uma sala Imax no Rio. Mas, hoje, eu acho que existe até espaço para mais de uma. A situação econômica do Brasil permitiu que nós fizéssemos um investimento do tipo. E nossa percepção é que o público de cinema quer experiências diferentes, sobretudo quando há um alto padrão de qualidade envolvido”, diz Carlos Marin, diretor-superintendente da UCI no Brasil.

Mas qualidade, claro, tem um custo. O preço para a implantação de uma sala Imax é pelo menos 12 vezes maior do que o de uma sala digital tradicional – incluindo-se aí o valor para se adquirir o selo de certificação da companhia canadense que detém os direitos da marca. Com isso, os preços do ingressos também sobem, ficando de 20% a 25% mais caros do que o usual. Mas as vantagens, defende Marin, compensam, tanto para a empresa, quanto para o espectador.

“Uma das motivações de trazer o Imax é disponibilizar uma série de conteúdos produzidos para o formato. São filmes ambientais e educativos que queremos utilizar em projetos para jovens”, diz.

Responsável pela primeira sala Imax do país – inaugurada em janeiro de 2009, no Shopping Bourbon Pompeia -, o exibidor Adhemar Oliveira garante que existe público para a iniciativa. Tanto que ele planeja mais dois cinemas com a tecnologia, outro para São Paulo e um para Porto Alegre. “Todo mundo ficava com dois pés atrás para o sucesso do Imax no Brasil, e provamos que era possível. É muito bacana ver a alegria das pessoas ao sair de filmes como “Batman” e “Avatar” com exibições em tecnologia de ponta. Vamos abrir ainda este ano a nova sala em São Paulo, na Granja Viana. E, para março de 2012, inauguraremos o primeiro Imax de Porto Alegre, no Shopping Wallig”, afirma Adhemar.

Mas o grande sonho de Adhemar, e certamente de todos os empresários que apostam no formato, é ter um filme brasileiro adaptado para Imax. “Um produtor já me procurou para tratar do assunto, sugerindo que eu participasse. Só que ainda não houve nada concreto. Mas, da mesma forma que começamos a engatinhar com o 3D, nossa hora do Imax vai chegar”, diz ele.

*Com informações de O Globo Online


editor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *