Na última semana, noticiamos aqui no Cultura e Mercado alguns dados da pesquisa Media Piracy in Emerging Economies (Pirataria de Mídia em Economias Emergentes), divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo. Nesta segunda-feira (14/3), a Folha de S. Paulo publicou áudio em que o diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, Ronaldo Lemos, explica os resultados da pesquisa (ouça aqui).

Uma das informações é que muitos dos dados utilizados como base para criação de políticas de combate à pirataria não têm base metodológica. No Brasil, por exemplo, a indústria alega que 2 milhões de postos de trabalho deixam de ser gerados e R$ 30 bilhões deixam de ser arrecadados por conta da pirataria, mas não se sabe de onde vêm essas informações.

Lemos conta que o Brasil é tido como exemplo de combate à pirataria. Entretanto, as ações repressivas contra a prática não tem sido suficientes para que ela acabe. “A razão para isso é explicada no estudo, que demonstra como a pirataria é essencialmente um problema econômico e somente será efetivamente resolvida quando sua causa principal for combatida: um regime de preços que faça sentido para o poder de compra local”, afirma.

Ele diz que “a pesquisa demonstra que os preços ofertados para os produtos originais em países em desenvolvimento, quando ajustados ao poder de consumo de cada país, tornam os produtos inacessíveis para a maioria absoluta da população”.

*Com informações da Folha Online


Jornalista, foi diretora de conteúdo e editora do Cultura e Mercado de 2011 a 2016.

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