A Spcine, empresa de cinema e audiovisual de São Paulo, recebe a partir de 24 de abril inscrições para seu edital de produção de curta-metragem.

Foto: ReproduçãoO programa é dividido em três linhas, com enfoques em técnicas de animação, ficção live action/documentário e curta experimental/cinema imersivo. Os valores são, respectivamente, de R$ 80 mil, R$ 60 mil e R$ 40 mil para cada um dos proponentes aprovados conforme a linha do edital. Em cada categoria serão escolhidos, pelo menos, cinco projetos. O tempo de execução varia de quatro a oito meses, dependendo do formato. Pelo menos 30 projetos serão escolhidos, para um aporte total de R$ 1,8 milhão.

A Spcine reservou ainda outros R$ 100 mil para uma linha de distribuição de curtas-metragens dentro do Circuito Spcine de Cinema, projeto que está transformando 20 espaços educativos e culturais de São Paulo – incluindo 15 CEUs – em salas de cinema. A proposta é exibi-los regularmente antes do filme em cartaz, logo após as vinhetas de abertura. Os curtas escolhidos para esta linha não serão necessariamente os contemplados pelo edital.

O primeiro item a ser pontuado é a qualidade artística do projeto, com 80% do peso. Mas há algo novo que visa dar equilíbrio social na escolha dos proponentes: a incorporação de critérios para enfrentar a desigualdade dos indicadores sócio-culturais do Brasil – que se refletem na oportunidade de filmar e ter acesso a recursos públicos de financiamento. Um deles é a paridade de gênero, com mulheres e homens integrando, em mesmo número, o corpo de jurados e a quantidade de criadores selecionados ao fim do edital.

Além disso, entre os 30 premiados haverá, necessariamente, pelo menos 10 cineastas negros, um(a) índio(a), um homem trans ou mulher transexual e/ou travesti, e uma pessoa com mobilidade reduzida e/ou com deficiência. Terão maior pontuação projetos cujos autores morem em lugares de maior vulnerabilidade social. A única condição é residir na cidade de São Paulo.

O processo do edital conta com duas fases. A primeira é direcionada ao criador, que pode se inscrever como pessoa física. Basta encaminhar o projeto em forma de vídeo, com duração máxima de três minutos, e responder questões como tema, em qual linha se enquadra, qual a condução narrativa e se faz parte de algum dos públicos do edital. A plataforma de inscrição está disponível no site spcultura.prefeitura.sp.gov.br.

Depois de escolhidos, os realizadores precisam se associar a uma empresa produtora para participar da segunda fase do edital. Quem tiver registro de MEI (Microempreendedor Individual) também pode receber o recurso, desde que o foco da empresa seja cultural.

Na primeira etapa, o corpo de jurados avalia potencial criativo, inovação, experimentação e territorialidade. 70 projetos são pré-selecionados e participam, automaticamente, de atividades de formação e suporte aos realizadores. É feita uma escolha final do júri, e os 30 premiados recebem o aporte financeiro e o direito a participar do Laboratório de Convergência (COLAB) para Debate Criativo.

O edital é uma realização da Spcine, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, e apoio das secretarias municipais de Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial. O processo termina em 25 de maio.


editor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *