Estou estreando este blog aqui no site Cultura e Mercado justamente expondo a motivação que me trouxe até aqui. O debate presente na relação artista, indústria e sociedade.
Mas antes de expor os fatos e sair escrevendo, quero apresentar minhas motivações. Tenho acompanhado nas últimas duas décadas os debates, livros e pesquisas culturais pela perspectiva dos independentes, isso muito antes do assunto ter retornado como tema central da política pública executada pelo Ministério da Cultura. Em um momento anterior em que o assunto estava restrito a pesquisas acadêmicas sem a menor visibilidade, debatidas em eventos desgarrados pelo Brasil realizados em guetos, com toda sorte de intelectuais, artistas marginais e periféricos, que para os atores centrais, são apenas aqueles sem sucesso. Percebi a insignificância destes debates, naquilo que chamam miséria da filosofia, cercada de debates egoístas, injustificados e rasos!
No fundo tudo que tem sido debatido a esse respeito é indústria cultural, discurso vazio, tendo validade apenas em si mesmo. Porem nem tudo é indústria, logo a arte, fica em segundo plano, a cultura em seguida e a população em último. Daí a intenção de romper com a lógica, sendo instigando a observação dos interesses dos diversos atores envolvidos. Este blog reivindica para si e seus leitores a liberdade de buscar outro rumo. Uma reflexão mais profunda e distante dos temas abordados em outros canais de comunicação. A chance de observação destes mesmos fatos pela perspectiva do “outro”, aquele que temos por bárbaro! Este é o agente do conflito, que espero provoque no coletivo outras idéias e mudanças de posições dos vários atores. Tenham-me em suas mentes como o Bárbaro. Com isso espero consigamos juntos uma relação sincera que nos leve juntos a uma reflexão que transcenda a ótica geral, através de uma construção coletiva. Até por isso, vejo o site Cultura e Mercado como o lugar ideal para a prática democrática e coletiva que esta sendo proposta. Através deste diálogo espero alcançar a dês-construção dos olhares, através da comparação de interesses entre centrais, atuantes nos modos capitalistas da industria cultural e periféricos atuantes e não atuantes, detentores de outras formas simbólicas. A partir deste principio, poderemos seguir incontáveis possibilidades de artigos. Integrando um mosaico junto a outras abordagens, a longo prazo, esta série poderá contribuir com a redução dos vários pensamentos a verdades mínimas, contribuindo para a criação de conceitos a respeito dos estudos culturais. Esta proposta em relação a inicial é simplesmente irresistível!
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