Uma das instituições culturais mais antigas e atuantes da capital do país, a Biblioteca Demonstrativa de Brasília (BDB) está comemorando 40 anos. No início desta semana, atividades musicais e literárias marcaram a data. Ao lado da Biblioteca Nacional, a BDB é uma das instituições que integram a Fundação Biblioteca Nacional, vinculada ao Ministério da Cultura.
Em cerimônia realizada na segunda-feira (13), a BDB homenageou colaboradores, ex-funcionários, amigos e usuários, que ajudaram a construir a história da instituição. No hall de entrada do prédio, foi inaugurada a mostra “Biblioteca Nacional 200 anos: Uma Defesa do Infinito”, com reprodução de acervos da Biblioteca Nacional, que completou seu bicentenário em outubro deste ano.
Uma apresentação dos cantores Célia Rabelo, Salomão di Pádua e Jô Alencar, acompanhados dos músicos Félix Júnior, Carlos Pial e Boréu, fecharam o primeiro dia de eventos.
A coordenadora da Biblioteca Demonstrativa, Maria da Conceição Moreira Salles, lembrou que a missão da BDB é promover a inclusão social e o fortalecimento da cidadania. No Brasil, a BDB é pioneira na integração de atividades que envolvem leitura, artes plásticas, música, cursos e atendimento amplo à comunidade.
O diretor nacional de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos, que representou o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, reforçou a importância da instituição como aparelho cultural: “O MinC buscou referências no Chile, em Medellín, em Bogotá, mas nós temos no Brasil, na BDB, uma biblioteca de referência”, disse.
Fabiano lembrou que mais de 50% das bibliotecas do país não realizam projetos de extensão ou projetos culturais, segundo pesquisa recente, realizada pela FGV.
Maria da Conceição, que atua há 27 anos à frente da instituição, destacou que a DBD homenageia artistas locais e promove concursos literários, entre outras ações: “A biblioteca promove shows solidários para ajudar diversas instituições. A BDB foi merecedora de vários prêmios nacionais e internacionais. Há 25 anos, temos o Grupo de Atualização da Mulher. O projeto Bibliomúsica foi criado em 1995. A BDB é um espaço para debates”, ressaltou.
Integrando a mesa de abertura, a chefe da Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional, Ana Virgínia Pinheiro, afirmou que a FBN possui, hoje, um “sistema híbrido de preservação”, com acervo disponível para consulta local e à distância; microfilmado ou digitalizado. Durante o evento Terça-Literária, na terça-feira, 14, Ana Virgínia falou sobre o acervo precioso e técnicas de preservação da FBN.
“É uma honra para a BDB integrar a estrutura que abriga uma instituição como a Biblioteca Nacional”, disse Conceição, lembrando que a informatização alcança, ainda, os cadastros dos mais de 50 mil leitores da biblioteca e os catálogos, disponíveis on-line.
Até fevereiro de 2011, a BDB exibe a mostra “Biblioteca Nacional 200 anos: Uma Defesa do Infinito”, que reproduz parte da exposição realizada na sede da Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, e exibe paineis sobre a história da BDB.
*Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério da Cultura.