Amanhã, sexta-feira, dia 27, a Academia Paulista de Letras completa seu aniversário de 100 anos. A sede da entidade, no Largo do Arouche, está em obras desde junho. E assim vai continuar até o ano que vem, quando o prédio construído na década de 50 ganhará um auditório novo em folha. As obras custaram R$ 4,5 milhões, e a maior parte do dinheiro veio do governo de São Paulo.

“O patrocínio faz parte da nossa política de preservação do patrimônio arquitetônico do centro de São Paulo”, explicou o secretário estadual de Cultura de São Paulo, João Sayad. A sede da APL é um projeto do arquiteto francês Jacques Pilon, o mesmo da biblioteca Mário de Andrade e do Edifício Paulicéia. O edifício foi tombado em maio deste ano, pouco antes do início da reforma.

O prédio tem 16 andares, mas apenas o térreo e os três primeiros são ocupados pela APL. Os demais são alugados para a Secretaria Estadual de Educação, e esse aluguel é a única fonte de recursos da entidade. A fusão de características art déco e modernas e os grandes espaços internos são típicos do trabalho de Pilon.

A primeira fase das obras prevê apenas a construção do auditório. Ainda estão previstas mais duas fases (criação de uma galeria dos imortais e restauro de mobiliário, arquivos e acervo), mas elas ainda dependem de captação de recursos pela Lei Rouanet. A maior parte das obras desta primeira fase termina até dezembro. A previsão é que o auditório esteja pronto para receber o público no máximo até maio do ano que vem.

Segundo o presidente da APL, José Renato Nalini, o objetivo é “abrir as portas da Academia para a comunidade”. Entre as atividades previstas estão palestras com os acadêmicos. “A Lygia Fagundes Telles, por exemplo, quando fala é sempre um espetáculo”, afirma. De acordo com Nalini, a intenção é que todas a programação do auditório seja gratuita.

Apesar de o aniversário da academia ser na sexta-feira, a festa oficial vai acontecer nesta quinta. A comemoração acontecerá no Teatro da CIEE. Na ocasião, será lançado o livro do centenário da entidade, escrito por José Renato Nalini e com fotos de Marcio Scavone. O Teatro da CIEE fica na Rua Tabapuã, 445, no Itaim.

Fonte: IG Último Segundo, Augusto Gomes.


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Repórter. Escreve sobre pessoas, convergência e cultura.

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