O setor audiovisual brasileiro está trabalhando no Plano de Diretrizes e Metas até 2020, dentro do Conselho Superior de Cinema. Aproveitando o momento, o Ministério da Cultura divulgou as projeções para o setor nos próximos anos.

De acordo com Manoel Rangel, presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), a expectativa é que o país lance anualmente 150 filmes nacionais e atinja cerca de R$ 60 milhões em bilheteria, dentro do período. Ele indica novos programas de financiamento a serem lançados no segundo semestre de 2012, dentro do Fundo Setorial do Audiovisual. Segundo Rangel, estes instrumentos de crédito serão viabilizados pelas receitas geradas a partir da Lei 12.485 – a nova legislação das TVs por assinatura no Brasil.

O presidente também revela que a expectativa é que sejam repassados R$ 2 bilhões ao BNDES, até 2015. O banco é o novo agente financeiro do FSA.

Os planos do setor também incluem a implantação de núcleos de produção digital em todos os estados, o incremento em 100% do número de beneficiados por ações de fomento à pesquisa, incentivo à formação, desenvolvimento permanente de atividades de arte e cultura nas escolas públicas de educação básica e o aumento em 70% das atividades de difusão e intercâmbios culturais, tanto no Brasil como no exterior.

Segundo Ana Paula Santana, secretária do Audiovisual, a digitalização do acervo da Cinemateca Nacional já foi iniciada. Ela afirma que, na área da formação, está sendo elaborado um programa de bolsas para os Estados Unidos, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), previsto para o segundo semestre de 2012.

Já nas escolas de educação básica, o audiovisual produzido no país chega até aos alunos através do programa Cine Educação, uma parceria dos ministérios da Cultura e da Educação que tem como  foco a formação do cidadão a partir da utilização do cinema no processo pedagógico interdisciplinar. O Plano Nacional de Cultura estabelece a implantação deste programa em cem mil escolas públicas, até o ano 2020.

Balanço – Em 2011 a produção cinematográfica nacional atingiu a marca de 100 lançamentos anuais de filmes de longa-metragem e obteve uma participação em torno de 13% na venda total de ingressos de cinema, com mais de 18 milhões de bilhetes comercializados.

Apesar de inferiores aos resultados de 2010 – quando o país teve o fenômeno de bilheteria “Tropa de Elite 2” -, Manoel Rangel considera razoável este desempenho e apontou o crescimento dos números de filmes com bilheteria superior a 1 milhão de espectadores como dado positivo em relação ao ano de 2010. Em 2011 foram sete filmes, contra cinco em 2010.

Para consolidar o fortalecimento do setor e levá-lo a alcançar as metas prevista no PNC, até 2020, o presidente da Ancine considera fundamental o apoio institucional à indústria de conteúdos no Brasil e a garantia de uma firme colocação dos filmes nacionais no mercado interno.

*Com informações do site do MinC


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