O idealizador do instituto de arte contemporânea Inhotim, Bernado Paz, falou ao jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (14/5) sobre sua história no mundo da arte e a criação do espaço, localizado no interior de Minas Gerais.

Segundo o jornal, o empresário está empenhado em montar um complexo imobiliário para dar sustentabilidade ao instituto, que abrange de hotéis a um novo aeroporto. Paz declarou sentir “pavor de arte moderna” atualmente, apesar de ter entrado no mercado de artes comprando quadros no estilo. Para ele, a arte moderna não é educativa.

“Veio a fotografia, e o modernismo passou a ser uma fuga da fotografia. O quadro não tinha mais sentido em si mesmo ou passou a ter sentido só para os gênios que tentavam traços de mulheres deformadas, cubismos e outras coisas mais, fugindo da fotografia. Mas arte, para mim, sempre foi educação”, afirma.

A arte contemporânea, por outro lado, representa para o idealizador do Inhotim a crítica. “Em todos os sentidos: crítica na ecologia, na religião, na situação política, nas questões sociais. Ela exalta os benefícios criados, critica e destrói a sociedade atual, tentando criar uma sociedade melhor”.

Paz discute o aspecto da imersão nas instituições de arte e afirma que uma criança se diverte mais em Inhotim do que no MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), justamente pela capacidade de imersão das obras e do espaço expositivo. “Foi intuitivo, percebi que a arte contemporânea exigia isso e chamei os artistas para pensarem seus sonhos. E eles colocaram esses sonhos lá”, conta.

Questionado sobre como imagina o Inhotim daqui a dez anos, o fundador afirmou que não pensa no museu daqui a uma década, mas daqui a um milênio. “Quando você trabalha com educação e cultura, tem de imaginar milhares de anos. Não adianta, cultura é um processo que avança, não pode parar”, explica.

Clique aqui para ler a entrevista na íntegra.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo


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