Nos anos 1980, quando o Japão assombrava o mundo, o Sr. Kesuke Miyagi encarnava a sabedoria oriental no longa “Karate Kid”, a primeira inicitiva de valorização da cultura japonesa em Hollywood, logo após a compra de estúdios pela Sony, resultando numa das mais potentes majors do mercado.

Ambientada em Pequim, a refilmagem de “Karate Kid”, resultou da surpreendente parceria entre um estúdio norte-americano (Sony Pictures, de capital japonês) e a estatal China Film, em meio a tentativas de aproveitar o crescimento vertiginoso de bilheteria no país.

As vendas de ingressos aumentaram 80% nos primeiros seis meses deste ano, segundo o governo chinês. Em 2005, foram vendidos 50 milhões de ingressos. Para este ano, a expectativa é chegar a 330 milhões.

Boa parte desse sucesso se deve a produções de Hollywood como “Avatar”, que arrecadou cerca de US$ 200 milhões aqui, a maior bilheteria fora dos EUA. A frequência às salas de cinema tem crescido a taxas chinesas.

Para Jun Gao, gerente da Beijing ShengShi HuaRi Film, dona de um estúdio e de 98 salas de cinema em todo o país (em 2005, eram 60), o crescimento deste ano se deve principalmente ao aumento do número de filmes em cartaz –30 nesta semana contra dez no mesmo período do ano passado.

“Em 15 anos, seremos o maior mercado de cinema do mundo”, diz Jun, que aponta a urbanização como um dos motivos do crescimento. “De agora em diante, a China é a Hollywood oriental.”

Mas o mercado chinês também tem suas muralhas. Uma delas é a rígida legislação, que permite apenas um terço do tempo de projeção para filmes estrangeiros, limitados a 20 estreias por ano.

Outra dificuldade é a censura oficial. “O governo chinês exerce um controle rígido sobre o que as pessoas veem”, afirma Jun. “Violência, pornografia e nudez estão proibidos.”

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*Fonte: Folha de S. Paulo (Fabiano Maisonnave)


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Atriz, pós-graduada em gestão da cultura.

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