O Brasil e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) vão formalizar, durante a 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, a criação do Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro.

A assinatura do protocolo deverá ocorrer até segunda-feira, dia 26 de julho. A abertura oficial da 34ª Sessão será realizada no domingo (25) e contará com as presenças do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Cultura e atual presidente do Comitê do Patrimônio Mundial, Juca Ferreira, do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, da diretora-geral da Unesco, Irina Bokowa, e do diretor do Centro do Patrimônio Mundial, Francesco Bandarin.

O Centro é o resultado do esforço brasileiro para a cooperação técnica internacional e foi aprovado na 35ª Conferência Geral da Unesco, realizada ano passado na França. Entre suas missões estratégicas estão a capacitação profissional e o aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão do patrimônio e que esse seja considerado um recurso e instrumento de promoção do desenvolvimento das nações.

Em suas ações de formação, intercâmbio e produção de conhecimentos, o Centro tem como foco a implementação das Convenções da Unesco para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, de 1972, para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, de 2003, e para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, de 2005.

O Comitê do Patrimônio Mundial definiu quatro objetivos estratégicos para considerar um bem como Patrimônio Mundial, conhecidos como os 4 Cs: credibilidade, conservação, capacitação e comunicação, respectivamente. A delegação brasileira irá propor que volte à pauta o chamado 5º C, de cooperação. A intenção é incentivar os países a realizarem ações conjuntas para capacitar pessoas a atuarem na preservação dos patrimônios, com parcerias nos moldes da que já existe entre o Brasil e 18 países da América Latina, África e Ásia, organizadas pelo Centro Regional de Formação para Gestão do Patrimônio.

Apesar de ainda não fazer parte dos objetivos estratégicos, a cooperação técnica já é um dos propósitos do Fundo do Patrimônio Mundial, que todos os anos destina mais de 4 milhões de dólares para auxiliar os Estados Partes a manterem a integridade de seus bens. A verba também é usada para ações emergenciais e treinamento de especialistas para trabalharem na pesquisa e conservação dos patrimônios.

*Fonte: Ministério da Cultura (Comunicação Social)


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Atriz, pós-graduada em gestão da cultura.

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