Os turistas que visitam Salvador durante o Carnaval neste ano devem injetar mais de R$ 500 milhões na economia local, segundo estimativa do governo baiano. É o que informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (6/3).
A previsão da Secretaria de Turismo do Estado é que Salvador receba 500 mil turistas em seis dias de folia – um terço dos cerca de 1,7 milhão de foliões. A maioria deles chega de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal e ocupa mais de 90% do público em alguns blocos e camarotes.
A taxa de ocupação média dos hotéis da capital baiana localizados nos circuitos do Carnaval é de 100%. Em outras regiões da cidade, varia entre 95% e 97%, informa o sindicato do setor.
No camarote Salvador, o mais caro e badalado da folia baiana, o primeiro lote de 300 abadás (camisas que servem de ingresso em camarotes e blocos), vendido pela internet, esgotou em sete minutos. Com uma área de quase 7.000 metros quadrados, o camarote tem como principal atrativo a presença de DJs internacionais, como Fatboy Slim e David Guetta. Um dia de festa no local chega a custar R$ 1.290.
Ainda assim, segundo empresários do setor, o comércio foi bastante prejudicado por eventos como Copa do Mundo e eleições, já que as compras são feitas ao longo do ano, de maneira diluída.
Para Joaquim Nery, diretor da Central do Carnaval, empresa que comercializa abadás de 29 blocos e 11 camarotes, a folia baiana se consolidou nos últimos anos como um modelo de negócios com “forte apelo regional”. Segundo ele, as pessoas vão para festas com axé music em outros Estados, nas micaretas, “mas aquilo é só um aperitivo, uma degustação. Elas percebem que a festa acontece mesmo na Bahia”, afirma.
De olho no público em expansão, as empresas aumentaram o investimento em ações de fortalecimento das marcas durante a festa em Salvador. Desde 2007, a arrecadação com patrocínio oficial cresceu cinco vezes, passando de R$ 2,9 milhões para R$ 15,4 milhões.
*Com informações da Folha de S. Paulo
