Os signatários dessa missiva entendem que a Presidenta eleita, Dilma Rousseft, tem mais o que fazer do que mediar conflitos criados, artificialmente, por grupos estranhos à produção artística brasileira. Dentre os conflitos e falsas questões levantadas está uma “carta aberta”, endereçada à alta mandatária da Nação, contendo distorções sobre a complexa administração conduzida pela equipe do Ministério da Cultura, tendo à frente à compositora e cantora Ana de Hollanda.
Nem é preciso ir muito longe para identificar o caráter golpista dessa iniciativa, quando o principal instrumento utilizado para novas adesões se faz através de um “site”, pirateado, numa copia grosseira do endereço Oficial do MINC, como é possível constatar em imagem. Essa intenção é clara, para o Internauta com um mínimo de informação, enganar, ludibriar, e fraudar sobre o seu conteúdo a quem quer que o visite e/ou a boa vontade de um leitor desatento.
O mais importante a destacar em todos esses meses de tentativa da atual equipe, comandada pela ministra, Ana de Hollanda, tendo como objetivo normalizar os trabalhos para o atendimento e proteção à Cultura e às Artes Brasileiras, foi bombardeada a cada dia pela disseminação, ora de falsas questões, ora por mentiras. Os maiores interessados no fortalecimento do Ministério, como orientador de políticas nacionais para o setor, são os artistas que, ao longo de mais de um século e em sua maioria (vide Chiquinha Gonzaga, musicista e compositora) e mais especificamente, nos últimos sessenta anos, pela moderna produção musical e dramatúrgica, sem esquecer naturalmente os traços marcantes de artistas plásticos, populares, escritores, poetas, cineastas e designer.
Na atualidade e em verdade, esses mesmos artistas não tiveram sequer à oportunidade de se manifestar sobre se nesse curto espaço de tempo, o programa da atual gestão é ou não uma continuidade ou retrocesso daquilo que foi realizado, nos últimos anos, muito menos condições de apresentar novas perspectivas do que pode e deve ser feito pela Cultura Nacional. A razão é simples, nesses últimos meses não houve nenhuma intenção de discutir outra coisa, senão a pauta criada, sorrateiramente e de má fé, pelos ativistas responsáveis por essa campanha difamatória jamais vista.
Paradoxalmente e contraditoriamente, nos últimos dias perdemos um dos inventores e fundador do Moderno Teatro Brasileiro (Teatro de Arena) o diretor e ator, José Renato (Renato José Pécora), e também quando celebramos o centenário de nascimento da mais extraordinária atriz brasileira, Lélia Abramo (08 de Fevereiro de 1911), somos assaltados por golpes desleais e sempre alimentados por movimentações anteriores, como parte de uma estratégia fria e sórdida, sempre com o intuito de criar um clima insustentável para a Ministra, Ana de Hollanda. Meses atrás chegaram a marcar uma data para sua queda (o mês de junho, de 2011). Somente profissionais do golpe e àqueles afeitos a todos os vícios de bastidores do “mundo partidário”, são usuários e capazes desses recursos.
Diante da situação imposta e à beira do insustentável, vimos a público conclamar aos artistas, críticos, estudiosos, administradores, beneficiários das Artes e da Cultura brasileira, além dos simpatizantes e daqueles que não concordam ou recriminam esse tipo de prática, para que se manifestem:
– Pelo irrestrito apoio a uma administração, transparente e tal como se desenha a atual Gestão;
– Para que refutem qualquer interferência de forças alheias à Produção Artística e Cultural, retirando a legítima independência dos Artistas e submetendo-os ao jogo “político e partidário”;
– Juntamente com imprensa livre, lutar pela criação artística, sem censura, e sem a submissão a grupos e interesses econômicos, como condição essencial para o avanço da Democracia.
Aos artistas, escritores e criadores, em geral, o Ministério da Cultura (MINC)!
Adesões, através do e-mail: artistas.brasil@gmail.com
* Publicada originalmente no Portal Macunaíma.
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