Em debate na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados sobre incentivo à cultura negra, realizado nesta terça-feira (21/8), o cineasta Joel Zito Araújo afirmou que a atual produção cultural do país nega a diversidade racial brasileira. Segundo ele, há um “embranquecimento” das telas do cinema e da TV.

Pensando nessa realidade, o cineasta trabalhou o tema em dois dos seus trabalhos: o documentário “A Negação do Brasil” e o livro “O Negro na TV pública”.

De acordo com as pesquisas realizadas por Araújo, 90% dos personagens negros estão sempre subordinados ao comando de outro. Para ele, essa é a maior mostra da baixa representatividade de negros na TV e no cinema

O cineasta também reclamou da ausência de políticas públicas para fomentar a imagem justa e equilibrada da população. Ele defendeu a reserva de cota, nos editais de patrocínio cultural de estatais, para projetos apresentados por negros.

“Temos que ser o sujeito e não o objeto dessas ações, para evitar estereótipos e a perpetuação do racismo”, disse Valdina Oliveira Pinto, auxiliar da mãe de santo no terreiro de candomblé Tanuri Junsara, em Salvador.

A ministra Ana de Hollanda, convocada para a audiência, não pode comparecer.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias


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