Reportagem do jornal O Globo desta terça-feira (29/5) mostra a ascensão do Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, eixo principal no Rio do que se convencionou chamar de “cultura da periferia”.
Segundo o geógrafo Jailson de Souza e Silva, a produção cultural na região sempre foi grande. “O que está mudando é que, com os equipamentos culturais, estamos tendo mais condições de materializar isso”, afirma. Silva é coordenador geral do Observatório de Favelas, organização sediada desde 2001 no complexo de 16 comunidades e mais de 130 mil habitantes.
O Observatório foi o responsável por conseguir o galpão onde se instalou no ano passado o Bela Maré, centro de artes visuais que é exemplo da crescente chegada de artistas de fora do complexo. Dando sequência ao projeto de 2011, haverá no segundo semestre deste ano o “Travessias 2”, com curadoria do artista plástico Raul Mourão. Mas falta montar uma programação constante, algo que se pretende ter até 2013.
“É difícil estabelecer um espaço de arte contemporânea num lugar ainda desprovido de muitos equipamentos culturais. Isso acontecerá com o tempo” aposta Luiza Mello, da produtora Automática, que toca o Bela Maré com o Observatório. Jailson ressalta que, nas favelas, lugares dedicados à cultura são fundamentais para aglutinar o que é esparso e multiplicar a produção. Ele planeja uma Escola Livre de Artes Visuais, um centro dedicado à música e outro ao cinema.
Além disso, ele quer reforçar as parcerias com a prefeitura e o governo estadual para viabilizar, em até três anos, o Polo Criativo da Maré, um corredor cultural formado por três ruas importantes, nas quais ficam as entidades que estão entre as principais referências artísticas da região.
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*Com informações do jornal O Globo