Reunião nesta segunda-feira (3/9) entre o diretor de Desenvolvimento e Monitoramento da Secretaria da Economia Criativa (SEC), Luiz Antônio de Oliveira, e o coordenador de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olinto, definiu o grupo das 50 atividades que irão compor a Conta Satélite da Cultura.
A conta deve ser instituída até o final de 2014 e vai sistematizar informações sobre atividades econômicas relacionadas aos bens e serviços culturais, com dados sobre geração de emprego, investimentos e consumo. O objetivo é identificar e mensurar a contribuição da Cultura para a formação do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB).
Segundo Oliveira, a maior parte das atividades listadas faz parte do setor de serviços – museus e bibliotecas, artes cênicas, serviços de arquitetura, serviços fotográficos, produção audiovisual, entre outros – e representa um avanço em relação a países que já instituíram contas similares, como Espanha, Chile e Colômbia.
“Já iniciamos a construção da conta brasileira a partir de uma classificação mais recente de atividades econômicas em nível mundial”, explica, citando como exemplo o design de jóias, as novas mídias eletrônicas e outras atividades desenvolvidas na internet. “Significa que a conta brasileira, quando lançada, estará fundamentada em bases mais modernas, incluindo as novas tecnologias e as atividades culturais inovadoras.”
De acordo com o diretor da SEC, o próximo passo é levantar as informações de cada segmento – “um censo”, conforme definiu. Para isso, as atividades culturais listadas na reunião com o IBGE serão avaliadas por todas as secretarias do Ministério da Cultura e pelas entidades autárquicas vinculadas a partir das suas bases de dados.
A disponibilização parcial das informações – estudos intermediários, conforme explica Oliveira – começará no final do primeiro semestre de 2013, antes da consolidação da Conta Satélite da Cultura. “Pode ser uma publicação com o perfil do consumo cultural das famílias brasileiras ou outra sobre as fontes de financiamento da cultura no país”, exemplifica.
Todas essas publicações serão disponibilizadas no Observatório Brasileiro da Economia Criativa (Obec).
*Com informações do site do MinC