Entidade nacional representativa do audiovisual, o CBC – Congresso Brasileiro de Cinema conta atualmente com cerca de 90 entidades associadas e está presente em todos os estados brasileiros. Dentre as quais se destacam as presenças da ABDN – Associação Brasileira de Documentaristas e de todas as suas 27 seções regionais.
Tendo por principal missão a defesa intransigente do audiovisual e da produção independente brasileira, o CBC – Congresso Brasileiro de Cinema desde seu terceiro congresso realizado em Porto Alegre tem contribuído para a reflexão e o debate, com a apresentação de propostas e com a articulação de mobilizações que determinaram os caminhos seguidos pelo setor nos últimos dez anos.
Após um período de cisão, desencanto e de certa letargia, certamente provocada pela “derrota” sofrida pelo audiovisual brasileiro quando da rejeição do projeto de criação da ANCINAV, o CBC repensou sua estrutura, seus mecanismos de participação e suas estratégias de ação, sempre objetivando fortalecer a entidade e reocupar sua importância no contexto das discussões das políticas públicas relacionadas ao setor.
Foi assim, que ano após ano, sob a presidência de vários companheir@s, o CBC sobreviveu às intempéries, superou obstáculos e armadilhas, e que finalmente durante a gestão do cineasta cearense, Rosemberg Cariry (primeiro nordestino eleito para presidir a entidade), finalmente voltou a se consolidar como a principal, mais abrangente e mais importante entidade representativa do audiovisual brasileiro.
A realização, os setores representados, o número de participantes e a maturidade das resoluções finais aprovadas pela Assembléia Geral do VIII CBC – Congresso Brasileiro de Cinema e do Audiovisual realizado em setembro de 2010, novamente em Porto Alegre, comprovam esta nossa afirmativa e inauguraram uma nova fase para o CBC.
Hoje, herdeiros desta situação, os novos dirigentes da entidade estão empenhados em dar continuidade, ampliar e fortalecer os espaços reocupados pelo CBC – Congresso Brasileiro de Cinema e manter seu articulador, mobilizador e de interlocutor indispensável dos poderes constituídos no debate e encaminhamento de soluções sobre todos os temas relacionados ao audiovisual brasileiro.
Neste contexto, a agenda atual é longa e os temas da maior importância não só para o audiovisual, mas para o conjunto da cultura brasileira. Dentre eles destacamos o PLC 116 (que regulamenta o serviço de TV a Cabo); a Regionalização da Produção Audiovisual exibida nos canais abertos da TV Brasileira; o Vale Cultura; o PROCULTURA; a Reforma da Lei de Direito Autoral; enfim, são dezenas de temas e projetos em tramitação no Congresso Nacional que merecem atenção, acompanhamento e efetiva participação do CBC e de suas entidades associadas. E é nestas lutas que estamos todos coletivamente empenhados.
Para além desta agenda legislativa estamos ainda empenhados numa luta que julgamos maior. Na luta pela democratização do acesso do povo brasileiro à cultura e à produção audiovisual brasileira, hoje absurdamente dependente de mecanismos legais que determinam apenas o cumprimento de percentuais ridículos de quota de tela e, portanto, submetidos às leis de mercado ditadas por setores não comprometidos com o Brasil, com a cultura e a diversidade cultural brasileira. Lutamos ainda por mecanismos que garantam acesso a nossa riquíssima produção de curtas metragens, que nem sequer pode contar com os tais percentuais de quota de tela acima mencionados.
Lutamos para que o povo brasileiro possa se encontrar e se ver nas telas. Em todas as telas. Aliás, em todas as telas de todas as plataformas.
Temos certeza que só assim, brasileiros e seus governantes terão certeza de que o audiovisual é estratégico e fundamental à soberania nacional, ao pleno e sustentável desenvolvimento sócio/econômico e cultural que tod@s nós desejamos. Enfim, para o que a Nação Brasileira finalmente se encontre com seu inevitável destino e ocupe o espaço que lhe é devido no contexto deste nosso planeta mundializado.
Viva o Cinema e o Audiovisual Brasileiro!
Viva o Brasil e o Povo Brasileiro!
Participe você também das nossas lutas.
Elas são de tod@s nós brasileiras e brasileiros!
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