Todos os dias, eles vão para a rua, seu local de trabalho, e se preparam para um expediente que pode até parecer curto – cerca de três horas – para quem trabalha sentado e com intervalos para o café. Nem tanto para quem trabalha imóvel. Às vezes, na ponta de sapatilhas de bailarina. Idas ao banheiro ou parada para o lanche só acontecem antes ou depois das sessões.
O dia a dia das estátuas vivas é sem rotina. Só existe expediente se o tempo ajudar. Sol e clima quente são não apenas economicamente favoráveis, como necessários. A arte viva também tem prazo de validade. Os estatuístas chegam por volta das 11h no local escolhido e encerram o show até as 14h.
Embora relutem em falar sobre valores, deixam escapar que em épocas mais “parrudas”, como a véspera do Natal, já chegaram a ganhar 300 reais em um dia. Quem faz evento cobra, em média, 200 reais por hora.
No ramo há 17 anos, Azerutan se diz realizado com a evolução das obras. Antes de se encontrar na profissão, fez faculdade de artes plásticas e deu aula de desenho em escolas. Mas queria usar o próprio corpo para expressar o que entende como arte. Passou a observar, via internet, o trabalho feito por estatuístas internacionais. Segundo ele, na Europa, o movimento é reconhecido e regulamentado. A qualidade dos figurinos gringos também impressiona.
Por aqui, de tanto analisar o pouco que era feito pelos artistas nas ruas, resolveu dar a cara a tapa – literalmente. Já apanhou, foi derrubado, xingado e maltratado. Por vezes, ainda tem que mudar de lugar quando a polícia acha que seu trabalho atrapalha a circulação, mas acredita que, com seus personagens, consegue promover cultura.
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*Com informações do G1