Este ano a Feira da Música realiza sua 10ª edição, de 17 a 20 de agosto, com mais de 30 apresentações musicais, valorizando a cena musical independente. Além do Encontro Internacional de Música com oficinas e painéis, pensando a música como forma de mobilização política, propondo debates, desde a sustentabilidade dos festivais e gestão de negócios, passando pelo ativismo digital e a geração pós rancor, que este ano mobilizou através da internet, marchas em todo o país.
No palco da feira pioneira do Brasil, já se apresentaram mais de 4 mil músicos, em mais de 650 shows, com mais 663 expositores movimentando a cadeia produtiva da música, e mais de 35 mil pessoas a cada edição.
No entanto, três dias antes do evento acontecer, a Feira recebe a notícia de que o convênio com a Funarte não poderia mais ser homologado, o que gera um corte significativo no seu orçamento. O artigo 20 da Lei de diretrizes orçamentárias proíbe a celebração de convênios entre os órgãos públicos e as entidades privadas (ONGs e associações). Desta forma, a realização dos convênios só é possível através dos órgãos governamentais, como as Secretarias de Estado e Municípios.
A Feira da Música de Fortaleza lançou, então, o “Clamor Manifesto”, que está disponível em uma plataforma de CrowdFounding, chamado Catarse. Através desta plataforma, a Feira da Música está atraindo colaboradores em todo o território nacional para atingir ou ultrapassar a meta de R$ 20 mil.
Essa ação foi necessária, segundo os organizadores, por 3 motivos: Fortalecer as redes colaborativas dentro da própria Feira da Música como saída para o corte; Repensar o artigo 20 da Lei de Diretrizes Orçamentárias; Mostrar a força das redes, principalmente como a do Circuito Fora do Eixo como fonte mobilizadora e agregadora.
Veja o vídeo do manifesto: