A Fundação Cultural Palmares, instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), completou 24 anos nesta quarta-feira (22/8), e preparou uma programação cultural com exposição, seminário internacional e show com Carlinhos Brown em Brasília (DF), para marcar o seu aniversário.
A FCP foi criada pela Lei nº 7668/1988 e tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro-brasileira. A instituição do MinC foi o primeiro órgão federal criado para a preservação, a proteção e a disseminação da cultura negra.
O Seminário Internacional Herança, Identidade, Educação e Cultura: gestão dos sítios e lugares de memória ligados ao tráfico negreiro e à escravidão, começou na segunda-feira (20) e termina nesta quinta, no Museu Nacional da República. Um dos principais objetivos do evento – realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) – é a elaboração de um guia conceitual e metodológico dirigido aos gestores culturais, que deve facilitar a instalação de turismo de memória em torno dos sítios, lugares, monumentos e museus ligados ao tráfico negreiro e à escravidão.
O presidente da Fundação Cultural Palmares conta que será lançado no seminário a candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio da Humanidade. “É um gesto da maior relevância para a população negra e para toda a nação brasileira. Os portos na África onde os africanos eram embarcados para serem escravizados em diversos lugares do mundo são declarados Patrimônio da Humanidade. O Cais do Valongo será o primeiro porto de chegada com essa deferência. É uma iniciativa que dá ao seminário uma marca especial”, destaca Eloi Ferreira de Araujo.
Durante a abertura do encontro também aconteceu o lançamento do livro Diversidade Cultural Afro-Brasileira: ensaios e reflexões. A publicação é fruto do Prêmio Palmares de Monografia e Dissertação e reúne 15 artigos escritos pelos autores premiados na categoria Dissertação, retratando a riqueza e a pluralidade da cultura afro-brasileira.
Até 31 de agosto estará em cartaz a exposição fotográfica Imó dudú, resultado do trabalho do fotógrafo carioca Luiz Alves, que há 20 anos acompanha a rotina dos terreiros de Candomblé e Umbanda do Distrito Federal. Os visitantes também poderão conferir uma técnica fotográfica inédita. Das 40 fotos que estão expostas, pelo menos a metade reúne o fotojornalismo e fotografia 3D, o que permite ao público, com a utilização de óculos 3D, se sentir mais próximo das situações e pessoas fotografadas.
A mostra está na Galeria Palmares, localizada no SCS – Qd 09 – Ed. Parque Cidade Corporate – Torre B – 1º andar – Brasília/DF.
*Com informações do site do Ministério da Cultura