Depois de se unir a um grupo estrangeiro, empresa de táxi aéreo atinge nível significativo de IR para utilizar a Lei Rouanet, em projetos de artes plásticas, música clássica e dançaPor Sílvio Crespo
16/05/2003
A companhia de táxi aéreo Líder anunciou o investimento de R$ 300 mil em projetos culturais. A empresa escolheu o Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, cidade onde é sediada, para duas empreitadas: a ampliação do acervo de quadros e o projeto Domingo no Museu, que oferecerá música clássica aos visitantes. Na área de dança, a Líder traz ao Brasil dois espetáculos criados por companhias reconhecidas mundialmente: Cie M ? Ballet Bejárt ? e Momix, farão apresentações em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A empresa financiou também a vinda do Ballet Nacional de España.
O patrocínio cultural só pôde ser viabilizado pela empresa após uma fusão com o grupo britânico BBA, que atua na área de manutenção de aeronaves e atendimento aeroportuário, ocorrida em 2001. Até então, o Imposto de Renda da Líder não era suficiente para utilizar Lei Rouanet, por exemplo, que só permite que uma destine à cultura até 4% do imposto devido. Isso exemplifica uma das principais distorções dessa e de outras leis, que excluem as pequenas e médias empresas da possibilidade de investir em cultura por meio de incentivo fiscal.
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