Empresa americana busca convencer editoras brasileiras a serem parceiras no seu programa de pesquisa de livros
O “Programa Google para pesquisa de Livros”, está buscando novos parceiros para poder lançar o projeto no Brasil.
Marco Marinucci, o Gerente de Desenvolvimento de Parceiros Estratégicos da empresa americana, esteve no Brasil este mês promovendo palestras sobre o projeto em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ele tentou convencer os empresários do setor de que o projeto é uma ferramenta de busca que pode auxiliá-los na divulgação de seus catálogos.
O programa (www.books.google.com) é composto pelas obras enviadas pelas editoras parceiras e pelo acervo de algumas bibliotecas, como das universidades de Harvard e Michigan. O Gogle faz a digitalização e disponibiliza cinco páginas da obra. Para os livros que se encontram em domínio público, a reprodução é integral. E para os livros fora de catálogo, mas que ainda não caíram em domínio público, são mostradas as bibliotecas em que eles podem ser encontrados.
Nos EUA, o serviço foi integrado com outros, para mostrar as livrarias mais próximas do internauta, ou a comparação de preços de varejistas da internet, visando incentivar a compra online. Caso haja interesse do editor, o Google ainda mostra anúncios de texto no final da página do livro digital, e metade da receita gerada pelos acessos vai para o editor, que não tem custos no processo.
No lançamento do programa, em 2005, o Google foi alvo de críticas, pois havia o receio de que a empresa não fosse respeitar os direitos autorais das obras catalogadas das bibliotecas. Também há preocupação com os livros “técnicos”, já que algumas editoras entendem que a exposição de cinco páginas dessas obras podem revelar ao internauta tudo que ele precisa, o que impediria a compra do livro.
O Google objetiva lançar o programa durante a Bienal do Livro de São Paulo, que ocorrerá entre 09 e 19 de março.
O departamento jurídico da CBL (Câmara Brasileira do Livro) está estudando o contrato, após um parecer inicial favoravel.
