Conclusão é da convenção da Sociedade Americana dos Editores de Jornais, que prevê que o setor ainda está longe da extinção
A convenção da Sociedade Americana dos Editores de Jornais teve como ponto central de discussão a possibilidade de os jornais impressos perderem espaço para a Internet e outros futuros meios eletrônicos.
As empresas que produzem jornais vêm enfrentando um momento de crise, com muitos jornalistas sendo demitidos, perda de leitores, diminuição nos ganhos com publicidade e a resistência do público mais jovem em ler jornais impressos.
Bill Gates, da Microsoft, foi um dos oradores e causou polêmica ao afirmar que em cinco anos as escolas substituirão os livros didáticos por computadores. Ele ainda anunciou que sua empresa, juntamente com o jornal “The New York Times”, está desenvolvendo um software que permite aos leitores baixarem a versão eletrônica do jornal em aparelhos portáteis, com lançamento previsto para o próximo ano.
Mas no seu relatório anual sobre a mídia noticiosa, o Project for Excellence in Journalism afirma que “não há indícios que respaldem a idéia de que os jornais entraram numa súbita espiral de extinção”. A opinião é de que o avanço da tecnologia deverá alterar mais a questão da distribuição, pois é preciso a estrutura de uma organização noticiosa para coletar informações e editar notícias, e os jornais ainda são os principais fornecedores de material para a Internet.
Outra questão levantada pelo relatório é quanto vai demorar para que o jornalismo online ganhe importância econômica: “Se as receitas online dos jornais continuarem a crescer no atual ritmo – improváveis 33% ao ano – ,só atingirão níveis equivalentes à notícia impressa em 2017 (pressupondo-se que o jornal impresso cresça apenas 3% ao ano). Mesmo com os custos de distribuição mais baixos, levará anos para que a Internet se rivalize com a economia da velha mídia”.