A polêmica em torno dos altos preços dos ingressos do festival Lollapalooza resgatou o debate sobre a meia-entrada. Reportagem do jornal O Globo informa que, há uma semana, na entrevista coletiva de apresentação do evento que vai levar a São Paulo, em abril de 2012, bandas como Foo Fighters e Arctic Monkeys, os R$ 500 cobrados pelo passe “promocional” tiveram como justificativa a lei da meia-entrada. Enquanto estudantes não abrem mão do benefício, produtores e artistas criticam a forma como ele é aplicado, sem fiscalização.

Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), até 2001, cerca de 23% dos ingressos eram vendidos com o desconto. Naquele ano, uma medida provisória determinou que qualquer instituição de ensino ou associação estudantil poderia emitir uma carteira concedendo direito à meia. Hoje, estima-se que 80% dos ingressos no país sejam comprados pela metade do preço. E boa parte do público usa documentos falsos para obtê-los.

A pior consequência foi o aumento substancial do valor cobrado para eventos culturais. Segundo William Crunfli, da produtora XYZ Live, que trouxe ao Brasil artistas como Justin Bieber e Eric Clapton, os ingressos poderiam custar de 50% a 70% do valor atual se as carteirinhas falsas fossem eliminadas da equação. “Esse excesso de meia-entrada não é bem recebido por ninguém. Não existe contrapartida ao promotor de eventos, que compete com outros mercados pela vinda de espetáculos internacionais. A única defesa é o aumento do valor de ingresso, que prejudica todos, inclusive o estudante”, critica Crunfli.

Um projeto de lei para tentar ordenar a questão está parado na Câmara dos Deputados desde 2009. Elaborada pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), a proposta 188/2007 prevê a criação de uma carteira de estudante produzida pela Casa da Moeda e estipula que os produtores poderão vender só 40% de seus ingressos com o desconto. A UNE é contra a limitação, mas o presidente da entidade está disposto a negociar.

Clique aqui para ler a matéria completa.

*Com informações de O Globo Online


editor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *