Durante reunião realizada para fazer um balanço de 2008 e previsões para o ano que vem, a diretoria do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) concluiu que o mercado editorial brasileiro ainda não sentiu os efeitos da crise financeira internacional.
Apesar desta conclusão, Sônia Machado, presidente do Snel, afirmou que as oscilações no câmbio e o aumento no preço do papel elevaram os custos de produção das editoras, o que vai provocar um aumento nos preços dos livros nos próximos meses. “Apesar de perceber que existe pouco espaço para crescimento do preço do livro, alguma adequação vai ter que haver”, afirma Sônia. “Isso vai ser percebido de forma mais imediata nos lançamentos.” Segundo ela, para os outros livros, de catálogo, é possível que os preços subam apenas quando houver uma reedição. O maior receio dos editores brasileiros é que a crise provoque uma redução no consumo, mas nada assim foi percebido até o momento.
“Está todo mundo cauteloso, mas ainda sem sentir impactos relevantes. As empresas estão no momento fazendo seus planos para 2009, e algumas podem botar um pouquinho o pé no freio. Ninguém sabe como seremos afetados. Há quem diga inclusive que pode haver uma migração de consumo na área de lazer.”