Representantes de organizações críticas à administração João Sayad na TV Cultura foram recebidos nesta segunda-feira (16/4) pelo presidente interino do conselho curador da Fundação Padre Anchieta, Jorge Cunha Lima.
A reunião ocorreu após um protesto em frente ao complexo da emissora, na zona oeste de São Paulo. Participaram sindicatos, como os dos jornalistas e radialistas, e associações, como o Centro de Estudos Barão de Itararé.
Na ocasião, as reivindicações do movimento foram discutidas pelo conselho, que convidou os manifestantes a participarem da organização de um seminário sobre a missão pública da TV Cultura.
Segundo o deputado Simão Pedro (PT-SP) e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, que estavam presentes na reunião, as crescentes manifestações em defesa da Cultura foram debatidas por cerca de uma hora.
A eleição do novo presidente da Fundação, marcada para a mesma hora dos protestos, terminou empatada entre Belisário dos Santos Junior e Jorge da Cunha Lima. O novo presidente só deve ser conhecido em maio, em uma nova reunião.
A reformas administrativas e mudanças na programação empreendidas por Sayad têm mobilizado profissionais de comunicação, sindicalistas, artistas e parlamentares. Entre elas, destacam-se a redução do quadro de funcionários – segundo os manifestantes, em mais de mil profissionais -, e a extinção de programas como Zoom, Grandes Momentos do Esporte e Vitrine.
Para ocupar a grade, a TV Cultura convidou tradicionais veículos da grande imprensa paulista para fornecerem conteúdos, entre eles Folha de S. Paulo, Estadão e Veja. Por enquanto, apenas a Folha ocupou o espaço, com um jornalístico nas noites de domingo. Segundo o próprio jornal, foi feita uma permuta, a TV cedeu espaço em troca de espaço publicitário no jornal impresso.
As organizações que protestam contra Sayad também lançaram uma carta aberta ao conselho curador, que pode ser lida aqui.
*Com informações do Centro de Estudos Barão de Itararé, da Carta Maior e do jornal Folha de S. Paulo
