A cautela dos consumidores pode dificultar o lançamento de tecnologias inteligentes se não houver controle sobre os dados e acesso aos aparelhos, disseram executivos esta semana.
As tecnologias de “rede elétrica inteligente” podem ajudar as empresas do setor a controlar melhor o consumo de energia, atenuando os picos de demanda e reduzindo o consumo total.
As tecnologias têm por base medidores de eletricidade que exibem o consumo aos usuários em tempo real e permitem comunicação sem fio com as distribuidoras. Isso torna possível para as empresas prever a demanda, cobrar mais nos horários de pico e até mesmo desligar aparelhos a distância.
A introdução dessas tecnologias está apenas começando e atrai comparações ao lançamento da Internet rápida uma década atrás, mas o ritmo está se intensificando.
O Reino Unido, por exemplo, planeja adotar os novos medidores de eletricidade em todo o país, por acreditar que eles oferecem benefícios em termos de segurança e emissões de carbono.
Mas a capacidade dos relógios para recolher dados gerou comparações com “espiões” nas casas das pessoas.
Os simpatizantes da tecnologia apoiam benefícios como a possibilidade de se programar eletrodomésticos individuais a ligarem quando a energia está mais barata ou quando seus paineis solares não estão funcionando.
A tecnologia também permite que as distribuidoras de energia elétrica incentivem os consumidores a usarem máquinas de lavar ou a carregar carros elétricos à noite, por exemplo, quando as tarifas cobradas podem ser mais baratas.
Outra preocupação, no entanto, é sobre um potencial mau uso pelas companhias de energia da nova capacidade de ligar e desligar equipamentos remotamente.