As livrarias registraram, apenas com as vendas de livros, faturamento de R$1,9 bilhão no ano passado, o aumento é 9,73% maior na comparação com o 2009, segundo a Associação Nacional de Livrarias (ANL). Apesar do aumento significativo, o resultado ficou um pouco abaixo da meta estabelecida no início do ano, que era de 11,89%. “Essa diferença de cerca de 2,16% foi um reflexo da crise econômica verificada em 2009″, afirma Vitor Tavares, presidente da ANL. “Nos meses de março, abril, maio e junho tivemos quedas nas vendas, mas sentimos uma retomada a partir do meio do ano”, informa.
Entre os temas que apresentaram maior crescimento em 2009 estão: infanto-juvenil; ficção; ciências humanas e sociais; literatura e religião. A venda de livros de autoajuda ocupou a sexta posição, enquanto a de livros didáticos de língua espanhola apareceu na nona posição em crescimento de vendas.
Análise Pedro Herz, presidente do conselho administrativo da livraria Cultura reforça que o mercado de livros não cresceu tanto como poderia em 2009. “A oferta de informação gratuita é tão grande que nós precisaríamos aumentar a quantidade de horas do nosso dia para dar conta de ler mais livros”, afirma o empresário.
Para Herz, mesmo o Vale Cultura – política pública governamental de incentivo ao consumo cultural – não deve aumentar tanto a venda de livros. “O impacto maior do Vale-Cultura deve ficar com a venda de CD’s e DVD’s que são mais populares”, afirma Herz.
Com informações da reportagem de Cintia Esteves e Ruy Barata Neto, para o Brasil Econômico.