Depois de projetos bem-sucedidos em Manguinhos e Niterói, o modelo das Bibliotecas Parque, vinculado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ganha a comunidade da Rocinha. A partir desta segunda-feira (4/6), o C4 – Centro de Convivência, Comunicação e Cultura – abre suas portas, com cinco andares dedicados à literatura, às artes, à integração dos moradores com as práticas locais, à cultura contemporânea e aos clássicos.
Inspirada no formato bem-sucedido de experiências realizadas em Medelin e Bogotá, na Colômbia, a Biblioteca Parque é um espaço de troca e aprendizado, desenvolvido para o aprimoramento social e cultural. Através da reflexão e da criação, o projeto contribui para a diminuição da violência, criando um espaço de convivência dentro da comunidade.
A expectativa é de que a nova biblioteca da Rocinha receba 216 mil pessoas por ano, entre moradores da região e de bairros próximos, tendo capacidade inicial para 15 mil livros e dois mil DVDs, além de disponibilizar 48 computadores e 12 notebooks pra uso.
A Secretária de Cultura do Estado de Rio de Janeiro, Adriana Rattes, reforça a importância do projeto. “O conceito de biblioteca vem evoluindo muito, de um lugar apenas guardar livros, de consulta para pesquisas e estudos para um centro de cultura, conhecimento e de idadania”, explica. “É um lugar de acesso livre e irrestrito à informação. É isso que forma um cidadão de primeira classe. E é isso que estamos tentando criar com o programa de Bibliotecas Parque”.
Além das prateleiras com livros, o conjunto de ambientes do espaço conta com uma DVDteca, um cineteatro, um sala multiuso para cursos, estúdios de gravação e edição audiovisual, setor de internet comunitária, cozinha-escola e café literário. “Imaginamos criar em todas as regiões do estado pelo menos uma biblioteca desse tipo. Todas interligadas, cada uma funcionando como cabeça de rede das bibliotecas municipais, escolares, comunitárias, de todos os projetos de leitura e educação. Seriam as condutoras, a referência de um modelo novo de se discutir a questão do conhecimento, da formação, da educação”, diz a secretária.
Em um ano de funcionamento, a Biblioteca Parque de Manguinhos recebeu 130 mil usuários, teve 61.929 consultas ao acervo e 37 mil empréstimos domiciliares e emitiu 9 mil carteirinhas.
Por sua vez, ao longo de seis meses de funcionamento a Biblioteca Pública de Niterói – a segunda da rede de bibliotecas-parque, reinaugurada em julho de 2011 após restauro e completa modernização – , recebeu 48.800 usuários, teve 52 mil consultas, emprestou 25 mil livros e emitiu 5.300 carteirinhas.
Depois da Rocinha, a próxima etapa do projeto é a inauguração da Biblioteca Parque do Alemão.
*Com informações do site da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro