Carter Cleveland tem 25 anos e idealizou o Art.sy quando estudava na Universidade de Princeton e não conseguiu encontrar uma peça de arte legal para decorar seu quarto.

Ajudado pela família – seu pai escreve sobre arte e sua mãe é financista –, depois de se formar ele atraiu apoiadores como Wendi Murdoch, esposa de Rupert Murdoch, dono do grupo de mídia News Corp. Eric Schmidt, do Google, e Jack Dorsey, do Twitter, são investidores. E John Elderfield, ex-curador de pintura e escultura do MoMA, é consultor. “Toda a arte do mundo vai estar de graça para qualquer um com uma conexão à web”, diz ele, articulando um lema – ou plano de lucratividade. A receita vem de comissões de vendas e parcerias com instituições.

O Art.sy é um guia de arte que quer mapear a relação entre as obras para revelar novas percepções ao público. Para fazer sugestões, no entanto, os computadores precisam aprender como é o julgamento humano, um processo que começa pela rotulação: dar à máquina códigos para diferenciar um retrato da Renascença de uma pintura modernista, por exemplo.

Matthew Israel, doutor em arte e arqueologia pelo Instituto de Belas Artes da Universidade de Nova York, chefia uma equipe de 10 historiadores de arte que decide quais são e como esses códigos devem ser aplicados. Algumas classificações (o Art.sy chama de “genes” e reconhece cerca de 800 deles) denotam qualidades objetivas, como o período histórico e a região de onde vem a obra, e se ela é figurativa ou abstrata, ou se pertence a uma categoria estabelecida como cubismo ou fotografia.

Outros rótulos são subjetivos; para arte contemporânea, os curadores podem usar termos como “globalização”. Um Picasso pode ser classificado em categorias como “cubismo”, “pintura abstrata”, “Espanha”, “França” e “amor”. As obras de Jackson Pollock recebem “arte abstrata”, “Escola de Nova York”, “espirrada/gotejada”, “repetição” e “orientada pelo processo”.

Cada categoria recebe um valor entre 1 e 100: um Andy Warhol pode ter um valor alto na escala da pop art, enquanto um pós -Warhol teria uma classificação diferente, a depender das influências. O software ajuda a filtrar imagens por qualidades visuais como a cor, mas a alma do julgamento é humana. Uma pessoa trabalha à mão introduzindo um número para todos os campos relevantes.

Seb Chan, do Cooper-Hewit – Museu Nacional de Design, parceiro do Art.sy, acredita que sites do tipo não pretendem substituir galerias ou livros, mas ajudar o público a ampliar as fronteiras. “Você vai a museus e é tudo uma questão de topar acidentalmente com algo. O Genoma da Arte é outra maneira de criar conexões. Para as pessoas que têm a web como parte de suas vidas, essa é uma maneira natural de descobrir coisas.”

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*Com informações do caderno Link do jornal O Estado de S. Paulo


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