Tomada pelo público, a quinta edição do Umbanda Fest, realizada ontem à tarde no Teatro Municipal, foi um brinde à liberdade religiosa e ao vasto leque cultural brasileiro. Um dos maiores festivais alusivos à cultura  afro-brasileira no país, que adotou o tema “Quando os Atabaques falam” também teve cunho social.

Com entrada gratuita, a festa arrecadou alimentos, doados de forma voluntária pelos espectadores. No palco, a batida dos atabaques ornamentou as vozes dos grupos que se apresentaram, em performances dinâmicas que emanaram energia e mensagens de paz aos presentes. A proposta reuniu desde umbandistas de velha guarda até apreciadores da cultura afro-brasileira sem qualquer vínculo religioso com a organização do evento.

“Trata-se de uma grande união de forças. Queremos dar uma demonstração de paz, amor e união. Somos todos humanos, independentemente da religião”, ensina “Mãe” Ana Maria Oliveira da Silva, do terreiro bauruense Baiana 7 Saias, pouco antes de subir ao palco para uma apresentação de música e dança.

“É uma festa com ritmo bastante envolvente”, destacou Ricardo Barreira, fundador do Instituto Sócio Cultural Umbanda, entidade realizadora da festa, em entrevista ao JC na véspera do evento. “Muita gente tem preconceito, liga a Umbanda à maldade. Não tem nada disso. Nossa missão é ajudar ao próximo”, reforça Mãe Ana.

*Com informações do jornal JC Online.


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Jornalista e colaborador de Cultura e Mercado.

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