A União Europeia quer dar aos cidadãos mais controle sobre a forma como seus dados são coletados e usados durante a navegação na internet – incluindo a possibilidade de deletar permanentemente fotos e outras informações em redes sociais.
A nova estratégia de proteção da privacidade revelada nesta quinta-feira pode afetar práticas comuns de empresas como o Facebook, Google e outras na internet. O plano vai formar a base para uma revisão nas leis de proteção de informações da UE, que deve ser feita no ano que vem.
“A proteção de informações pessoais é um direito fundamental”, disse Viviane Reding, comissária de Justiça da UE, em um comunicado oficial, “Para garantir esse direito, precisamos de regras claras e consistentes. Também precisamos atualizar nossas leis para enfrentar os desafios criados com as novas tecnologias e a globalização”.
Além de poder deletar permanentemente fotos e outras informações em redes sociais, os internautas também deveriam ter a “possibilidade de dar seu consentimento formal para o processamento de seus dados pessoais”, diz o documento.
A utilização do histórico de buscas de indivíduos em publicidade online é uma das principais fontes de receita de mepresas como Yahoo e Google. outros sites usam cookies e janelas pop-up para coletar dados digitados onlines.
O Google e seus rivais alegam que as empresas de internet podem se auto-regular, oferecendo aos usuários a opção de serem excluídos de programas que armazenam informações, por exemplo. Eles também garantem que nunca ligam as informações coletadas a nomes ou endereços.
No entanto, ativistas afirmam que falhas recentes nas políticas internas das empresas mostram que auto-regulação não é bastante. O Google foi muito criticado após a revelação de que as vans do Street View coletaram informações pessoais através de redes wi-fi abertas. Além disso, o Facebook reconheceu que alguns de seus aplicativos mais populares transmitiam informações de usuários para empresas de publicidade.
*Com informações do Jornal O Globo.